Os pre­si­dentes Do­nald Trump, dos EUA, e Xi Jin­ping, da China, anun­ci­aram uma pausa de 90 dias na im­po­sição de novas ta­rifas adu­a­neiras.

Nos pró­ximos três meses, os dois países vão ne­go­ciar e tentar chegar a um acordo que ponha termo à guerra co­mer­cial em curso que faz pe­rigar a eco­nomia mun­dial.

De­pois de um en­contro entre os dois pre­si­dentes e res­pec­tivas de­le­ga­ções, em Bu­enos Aires, no final da ci­meira do Grupo dos 20, um co­mu­ni­cado da Casa Branca in­formou que as duas partes «con­cor­daram em co­meçar de ime­diato as ne­go­ci­a­ções sobre mu­danças es­tru­tu­rais re­la­tivas à trans­fe­rência for­çada de tec­no­logia, à pro­tecção da pro­pri­e­dade in­te­lec­tual, às bar­reiras não al­fan­de­gá­rias, às in­ter­fe­rên­cias e roubos ci­ber­né­ticos, aos ser­viços e à agri­cul­tura».

Se­gundo os ana­listas, a sus­pensão da guerra co­mer­cial im­posta pelos EUA à China e a pro­cura de uma so­lução são uma boa no­tícia, num mo­mento em que a co­o­pe­ração e o en­ten­di­mento são in­subs­ti­tuí­veis para eli­minar de­si­gual­dades num mundo onde au­menta a po­breza, o en­di­vi­da­mento das grandes eco­no­mias e o de­sem­prego.

Cor­rida ar­ma­men­tista

Já em Washington, o pre­si­dente Trump afirmou que es­pera dis­cutir uma pa­ragem sig­ni­fi­ca­tiva da cor­rida ar­ma­men­tista com os seus pares da Rússia e China.

«Estou certo de que, em algum mo­mento no fu­turo, o pre­si­dente Xi Jin­ping e eu, jun­ta­mente com o pre­si­dente Vla­dímir Putin, da Rússia, co­me­ça­remos a falar de uma pa­ragem sig­ni­fi­ca­tiva do que se con­verteu numa cor­rida aos ar­ma­mentos im­por­tante e in­con­tro­lável», es­creveu Trump na sua conta da rede so­cial Twitter.

A afir­mação ocorreu no mo­mento em que Trump fixou em 700 mil mi­lhões de dó­lares o or­ça­mento do Pen­tá­gono para 2019, de­pois de gastar 716 mil mi­lhões com a «de­fesa» ao longo deste ano.