Novo ano a mesma determinação

“A questão cen­tral e trans­versal do re­forço do Par­tido as­sume-se como a ‘ta­refa das ta­re­fas’”

Estamos a poucos dias do início de 2019. Um novo ano para o qual o co­mu­ni­cado do Co­mité Cen­tral, de 10 de De­zembro, aponta como pri­o­ri­dades da acção: o re­forço da or­ga­ni­zação do Par­tido; a di­na­mi­zação da ini­ci­a­tiva po­lí­tica; a in­ten­si­fi­cação da luta de massas; o de­sen­vol­vi­mento do tra­balho po­lí­tico uni­tário junto de de­mo­cratas e pa­tri­otas; a in­ter­venção de­ter­mi­nada nas ba­ta­lhas po­lí­ticas elei­to­rais.

Pri­o­ri­dades, li­nhas de acção e in­ter­venção di­ver­si­fi­cadas e in­te­gradas que terão de ser as­su­midas e en­volver todo o Par­tido e que, cer­ta­mente, con­tarão com a opo­sição dos nossos ad­ver­sá­rios e ini­migos de classe que tudo farão para ocultar a luta or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções e não olharão a meios para des­vir­tuar e mi­ni­mizar o papel, as pro­postas e as op­ções do Par­tido.

Con­ta­remos assim em 2019, tal como sempre, com o pre­cioso co­lec­tivo par­ti­dário, de ho­mens, mu­lheres e jo­vens de­ter­mi­nados em re­forçar o par­tido, animar a luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções e afirmar as nossas pro­postas. Con­ta­remos assim, em 2019, tal como sempre, com os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções, com os nossos ali­ados e amigos e, acima de tudo, com a sua luta a partir das suas justas rei­vin­di­ca­ções con­cretas.

En­tramos assim em 2019, tal como sempre, com cla­reza no rumo e não des­per­di­çando ne­nhuma opor­tu­ni­dade para me­lhorar as con­di­ções de vida, mas também não he­si­tando em ne­nhum mo­mento de dar firme com­bate a toda e qual­quer me­dida, venha ela de onde vier, que pre­ju­dique aqueles com quem temos o único e firme com­pro­misso – os tra­ba­lha­dores e o povo.

Colocam-se assim como ele­mentos es­tru­tu­rantes de acção e in­ter­venção po­lí­tica no pró­ximo ano: o en­vol­vi­mento de todo o Par­tido a partir da re­a­li­zação de reu­niões dos or­ga­nismos e de ple­ná­rios de mi­li­tantes e ses­sões pú­blicas para dis­cussão da si­tu­ação ac­tual, a al­ter­na­tiva po­lí­tica e o re­forço do Par­tido; o pros­se­gui­mento de uma ampla acção de es­cla­re­ci­mento sobre os avanços ve­ri­fi­cados com a luta dos tra­ba­lha­dores e a in­ter­venção do PCP e sobre a ne­ces­si­dade de uma al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda; a re­a­li­zação de ac­ções sobre os di­reitos, a so­be­rania e o de­sen­vol­vi­mento de Por­tugal, por uma Eu­ropa dos tra­ba­lha­dores e dos povos; a pre­pa­ração e de­sen­vol­vi­mento das ba­ta­lhas elei­to­rais, desde já com des­taque para dia 17 de Ja­neiro, com a apre­sen­tação pu­blica, em Lisboa, de João Fer­reira como pri­meiro can­di­dato às elei­ções do Par­la­mento Eu­ropeu, e o En­contro Na­ci­onal do PCP no dia 2 Fe­ve­reiro em Ma­to­si­nhos; as co­me­mo­ra­ções do 98.º ani­ver­sário do PCP; as ini­ci­a­tivas em torno do 88.º ani­ver­sário do Avante!; as co­me­mo­ra­ções do 45.º ani­ver­sário da Re­vo­lução de Abril, que as­sumem uma par­ti­cular im­por­tância no com­bate po­lí­tico e ide­o­ló­gico; o en­vol­vi­mento, desde já, na pre­pa­ração da Festa do Avante!, mar­cada para 6, 7 e 8 de Se­tembro; a va­lo­ri­zação e di­na­mi­zação da luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções; o com­bate à ne­go­ciata entre PS/​PSD/​CDS/​UGT e con­fe­de­ra­ções pa­tro­nais, de agra­va­mento do roubo de di­reitos na le­gis­lação la­boral; as co­me­mo­ra­ções do Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher, de­sig­na­da­mente das ini­ci­a­tivas da CGTP-IN, e a Ma­ni­fes­tação Na­ci­onal de Mu­lheres a 9 de Março em Lisboa, pro­mo­vida pelo MDM; as ac­ções do 28 de Março, Dia Na­ci­onal da Ju­ven­tude, e com par­ti­cular sig­ni­fi­cado a pre­pa­ração do 1.º de Maio, como ex­pressão na rua dos pro­blemas e rei­vin­di­ca­ções a partir dos lo­cais de tra­balho, das em­presas e dos sec­tores, e grande jor­nada de luta de todos os tra­ba­lha­dores.

Con­junto de li­nhas de in­ter­venção onde se as­sume como a ta­refa das ta­refas a questão cen­tral e trans­versal do re­forço do Par­tido, con­dição in­dis­pen­sável para tudo o resto e para que es­te­jamos em con­di­ções de cum­prir o nosso papel na com­plexa si­tu­ação ac­tual, em par­ti­cular o re­forço do tra­balho de di­recção e a res­pon­sa­bi­li­zação de qua­dros, a apli­cação prá­tica dos prin­cí­pios de fun­ci­o­na­mento do Par­tido, a en­trega do novo cartão de membro do Par­tido e a ele­vação da mi­li­tância, o re­forço da or­ga­ni­zação e in­ter­venção nas em­presas e lo­cais de tra­balho e a to­mada de novas me­didas para ace­lerar e ge­ne­ra­lizar a di­nâ­mica já em curso no con­tacto com cinco mil tra­ba­lha­dores no ac­tivo.

Numa al­tura em que, tal como sempre o PCP iden­ti­ficou e alertou para even­tuais ilu­sões, são cada vez mais evi­dentes os li­mites do Go­verno mi­no­ri­tário do PS, as suas op­ções de fundo e seus ali­ados nas mesmas, a quem serve e se sub­mete; e onde está cada vez mais à vista de todos a con­tra­dição entre a sub­missão ao euro e às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia e a re­so­lução dos pro­blemas es­tru­tu­rais do País ou a de­fesa dos in­te­resses do grande ca­pital e a va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores – é no re­forço so­cial, po­lí­tico e elei­toral do PCP e da CDU, a par da di­na­mi­zação da luta, que os tra­ba­lha­dores, as po­pu­la­ções, os de­mo­cratas e pa­tri­otas en­con­tram em 2019 a força, tal como sempre, capaz de cons­truir uma po­lí­tica que co­loque à frente os in­te­resses do País e no centro das op­ções os di­reitos e an­seios dos tra­ba­lha­dores e do povo e, com eles, cons­truir a al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda cada vez mais ur­gente e ne­ces­sária.