Câmara do Barreiro inviabiliza ligação com o Seixal

AU­TAR­QUIAS A Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal la­menta que o mu­ni­cípio do Bar­reiro tenha sus­pen­dido a cons­trução da ponte pe­donal e ci­clável que li­garia dos dois con­ce­lhos.

Quem fica a perder são os mu­ní­cipes dos dois con­ce­lhos

A po­sição da au­tar­quia CDU surge de­pois de a Câ­mara do Bar­reiro, do PS, ter anun­ciado que vai adiar o pro­jecto da ponte pe­donal e apro­veitar os fundos co­mu­ni­tá­rios atri­buídos ao pro­jecto para a cri­ação de uma rede ci­clável.

A este pro­pó­sito, Jo­a­quim Santos, pre­si­dente do mu­ni­cípio do Seixal la­mentou a de­cisão do con­celho vi­zinho, que «vai assim in­vi­a­bi­lizar que as duas po­pu­la­ções possam voltar a estar pró­ximas». «Trata-se de um pro­jecto que con­tava com o fi­nan­ci­a­mento de dois mi­lhões de euros de fundos co­mu­ni­tá­rios, pelo que é, re­al­mente, uma pena que se venha a perder esta opor­tu­ni­dade», apontou, fri­sando que «quem fica a perder são os mu­ní­cipes dos dois con­ce­lhos que não po­derão assim contar com esta li­gação».

In­ves­ti­mento
Im­porta lem­brar que a ponte pe­donal e ci­clável Seixal-Bar­reiro re­pre­senta um in­ves­ti­mento total na ordem dos seis mi­lhões de euros, tendo em conta a im­po­sição da Ad­mi­nis­tração do Porto de Lisboa, que exigiu que a parte móvel da infra-es­tru­tura teria que ter mais 20 me­tros, le­vando ao au­mento de cerca de um mi­lhão de euros para cada au­tar­quia no custo da mesma.

A Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal tem es­tado to­tal­mente dis­po­nível para re­solver e ul­tra­passar qual­quer cons­tran­gi­mento nesta ma­téria, tendo em conta que se trata de um equi­pa­mento de ex­trema im­por­tância na mo­bi­li­dade do con­celho e na con­ti­nui­dade da faixa ci­clável que se está a cons­truir no con­celho e que liga as zonas ri­bei­ri­nhas do Seixal, Ar­ren­tela e Amora.

Esta infra-es­tru­tura fa­ci­li­taria a mo­bi­li­dade dos mu­ní­cipes, tendo em conta que os dois con­ce­lhos estão a cerca de 800 me­tros de dis­tância em linha recta, con­tudo, sem esta ponte, essa dis­tância au­menta para 13 qui­ló­me­tros.

Ajus­ta­mento na com­po­sição do exe­cu­tivo mu­ni­cipal do Seixal

O pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal re­tirou os pe­louros aos ve­re­a­dores Marco Teles Gon­çalves Fer­nandes e Eli­sa­bete Ma­nuela Pe­reira Adrião, eleitos pelo PS, que as­su­miam em re­gime de per­ma­nência as áreas da Pro­tecção Civil e Se­gu­rança Ali­mentar e Bem-Estar Animal, res­pec­ti­va­mente.

Em causa, se­gundo uma nota di­vul­gada no dia 21 de De­zembro, está a con­duta da­queles ve­re­a­dores «aquando da prévia dis­cussão do or­ça­mento para 2019», não tendo o PS «apre­sen­tado qual­quer pro­posta, ao con­trário de ou­tros par­tidos po­lí­ticos com as­sento na As­sem­bleia Mu­ni­cipal».

A este «somam-se epi­só­dios de uma in­cor­recta con­duta ins­ti­tu­ci­onal, de­sig­na­da­mente pela uti­li­zação de ima­gens re­co­lhidas em ini­ci­a­tivas da Câ­mara Mu­ni­cipal para fins par­ti­dá­rios e to­madas de de­ci­sões des­con­cer­tadas com as juntas de fre­guesia», re­fere a au­tar­quia, lem­brando que os ve­re­a­dores «estão abran­gidos pelos prin­cí­pios ge­rais da ac­ti­vi­dade ad­mi­nis­tra­tiva plas­mados no novo Có­digo do Pro­ce­di­mento Ad­mi­nis­tra­tivo e pelos de­veres pre­vistos no Es­ta­tuto dos Eleitos Lo­cais» e «têm para com o pre­si­dente da Câ­mara o dever de co­la­bo­ração, in­for­mação, le­al­dade e trans­pa­rência».

As com­pe­tência dos pe­louros ex­tintos serão as­su­midas pelo pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal no que res­peita à Pro­teção Civil e pelo vice-pre­si­dente no que res­peita à Se­gu­rança Ali­mentar e Bem-Estar Animal.

Pri­meira fase em Vale de Chí­charos está con­cluída

No dia 19 de De­zembro ficou «con­cluída a pri­meira fase do re­a­lo­ja­mento dos mo­ra­dores do lote 10 do bairro de Vale de Chí­charos», em que 187 pes­soas foram dis­tri­buídas por 64 ha­bi­ta­ções, anun­ciou a Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal (CMS).

A en­trega sim­bó­lica das chaves aos mo­ra­dores, no pas­sado dia 21, ocorreu no au­di­tório dos Ser­viços Cen­trais da au­tar­quia e contou com a pre­sença do pri­meiro-mi­nistro e do mi­nistro do Am­bi­ente e da Tran­sição Ener­gé­tica. Teve ainda lugar uma vi­sita ao bairro e à nova casa de uma mo­ra­dora re­a­lo­jada.

O pro­cesso de re­a­lo­ja­mento deste lote re­pre­senta um in­ves­ti­mento total de 3 616 050 euros, dos quais a au­tar­quia irá su­portar 1 988 827 euros e o Es­tado Cen­tral 1 627 222,50 euros. A este in­ves­ti­mento acres­ceram cerca de 700 mil euros que a CMS irá su­portar, tendo em conta as des­pesas com a re­a­bi­li­tação dos imó­veis, mu­danças das fa­mí­lias e de­mo­li­ções do lote de­vo­luto.

 



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