João Ferreira apresentado hoje em Lisboa

ALTERNATIVA A apresentação pública do primeiro candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, João Ferreira, realiza-se hoje, 17, às 18 horas, no Cineteatro Capitólio, no Parque Mayer, em Lisboa.

Intervêm no acto público de apresentação o próprio candidato, o Secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, e Heloísa Apolónia, deputada e dirigente do Partido Ecologista «Os Verdes». Estarão ainda presentes diversos dirigentes do PCP, do PEV e da Associação Intervenção Democrática, organizações que compõem a Coligação Democrática Unitária.

João Ferreira candidata-se a um terceiro mandato no Parlamento Europeu. Foi eleito em 2009 (numa lista encabeçada por Ilda Figueiredo) e reeleito em 2014, já como primeiro candidato da coligação que une comunistas, ecologistas e independentes. Biólogo de formação, é membro do Comité Central do PCP e vereador na Câmara Municipal de Lisboa. No Parlamento Europeu assume a vice-presidência da Assembleia Parlamentar Paritária África, Caraíbas e Pacífico – União Europeia.

Nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, foram eleitos pelas listas da Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) três deputados: João Ferreira, Inês Zuber e Miguel Viegas. No início de 2016, João Pimenta Lopes substituiu Inês Zuber, que, como se informou na altura própria, continuaria – como continuou! – a ter «intervenção e a desempenhar tarefas e responsabilidades no plano nacional, contando para isso com a ampla experiência de trabalho no PE em defesa dos interesses dos trabalhadores e do País, da democracia, da soberania e independência nacionais».

Intervenção sem paralelo

Tal como tem vindo a ser hábito, a intervenção dos deputados do PCP no Parlamento Europeu impressiona pela quantidade: sendo três em 21, são responsáveis por uma parte muito significativa dos relatórios elaborados, das intervenções proferidas, das declarações de voto realizadas, das perguntas escritas efectuadas. No total, está-se a falar de milhares de iniciativas.

Mas se ao nível quantitativo os números falam por si, a natureza da intervenção dos deputados comunistas não tem igualmente paralelo no País. São os eleitos do PCP que rejeitam imposições e chantagens supranacionais e afirmam a soberania nacional; que defendem firmemente os interesses dos trabalhadores e dos povos face a uma União Europeia desenhada à medida das grandes potências e grupos económicos; que lutam contra a exploração e as desigualdades e se batem por uma Europa de desenvolvimento económico e progresso social; que se opõem ao militarismo, à corrida aos armamentos e à guerra e pugnam pela paz e cooperação entre os povos do mundo.

Opções decisivas

No texto que acompanha o convite para o acto público de hoje à tarde considera-se as eleições de 26 de Maio, para o Parlamento Europeu, como uma «oportunidade importante de, através do reforço da CDU, defender os interesses nacionais em todos os espaços em que estejam em discussão» e «afirmar a necessidade e a possibilidade de uma ruptura com o rumo de desigualdade, dependência e abdicação nacional imposto ao País e ao povo português».

As eleições são o momento, também, de «abrir caminho a uma alternativa patriótica e de esquerda que enfrente, sem hesitações, a submissão ao euro e às imposições e condicionalismos da União Europeia e recupere para Portugal os instrumentos necessários ao seu desenvolvimento soberano».




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Apelo comum para as eleições para o Parlamento Europeu

O PCP e outros partidos comunistas, progressistas e de esquerda lançaram um Apelo comum para as eleições para o Parlamento Europeu, sob o lema «Por uma Europa dos trabalhadores e dos povos» (que publicamos na íntegra nestas páginas). Esta iniciativa dá continuidade aos apelos que têm sido elaborados desde 1999 para eleições desta natureza e que constituem um «importante momento de convergência, para o qual o PCP deu um importante contributo, na afirmação da possibilidade da necessidade de uma ruptura com as políticas da União Europeia» e de um «outro rumo para a Europa que ponha os trabalhadores e os povos, e não os grandes interesses económicos e financeiros, no centro das políticas».
O processo dos apelos tem igualmente contribuído para a «afirmação e continuidade do Grupo Confederal da Esquerda Unitária Europeia / Esquerda Verde Nórdica (EUE/EVN) do Parlamento Europeu, como um espaço confederal de cooperação, que dê voz às lutas dos trabalhadores e dos povos, afirme uma clara alternativa às políticas da direita e da social-democracia e reforce a luta por uma Europa de cooperação entre Estados soberanos e iguais em direitos, de progresso social e de paz».

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