Cresce resposta de luta contra intransigência da Petrogal

A luta dos tra­ba­lha­dores da Pe­trogal (Grupo Galp Energia) em de­fesa da con­tra­tação co­lec­tiva e pela ma­nu­tenção dos di­reitos la­bo­rais e so­ciais, que a ad­mi­nis­tração pre­tende li­quidar na con­tra­tação co­lec­tiva, tem muito fortes ní­veis de adesão, es­pe­ci­al­mente nas re­fi­na­rias do Porto e de Sines, e ganha força com a po­sição in­tran­si­gente da ad­mi­nis­tração.
A afir­mação, ex­pressa num co­mu­ni­cado da Fi­e­qui­metal/​CGTP-IN no dia 8, re­feria-se às greves ocor­ridas entre 17 e 24 de De­zembro e entre 2 e 14 de Ja­neiro. A fe­de­ração ad­mitia que os des­pa­chos ile­gí­timos e ile­gais que o Go­verno emitiu (e que a Fi­e­qui­metal já con­testou) para con­di­ci­onar o di­reito à greve na prin­cipal ex­por­ta­dora por­tu­guesa pro­vocam di­fi­cul­dades na con­cre­ti­zação da luta, mas re­a­fir­mava que «os tra­ba­lha­dores estão cons­ci­entes da razão que lhes as­siste e estão con­victos de que será feita jus­tiça».
A pa­ra­li­sação, que con­tinua sem in­ter­rupção em Sines desde dia 2, tem con­sequên­cias na mo­vi­men­tação de pro­dutos, ca­miões-tanque e na­vios, na ma­nu­tenção e na pro­dução (fun­ci­o­nando em cargas mí­nimas). Nesta re­fi­naria, no dia 17, um ple­nário com 80 tra­ba­lha­dores afirmou a de­ter­mi­nação de pro­longar a luta em Fe­ve­reiro.
No dia 9, em ple­nário, os tra­ba­lha­dores da ma­nu­tenção da re­fi­naria de Sines, con­tra­tados através da CNN/​Mar­tifer, apro­varam a pro­posta rei­vin­di­ca­tiva para 2019. Foi igual­mente apro­vado, por una­ni­mi­dade e acla­mação, um voto de so­li­da­ri­e­dade para com a luta dos tra­ba­lha­dores da Pe­trogal.

RH­mais na NOS
No dia 16, quarta-feira da se­mana pas­sada, vol­taram a fazer greve os tra­ba­lha­dores co­lo­cados através da RH­mais a la­borar na NOS Co­mu­ni­ca­ções. A pa­ra­li­sação, de 24 horas, in­cluiu uma con­cen­tração à en­trada do edi­fício da NOS na Cam­panhã (Porto), onde es­teve pre­sente uma re­pre­sen­tação do PCP.
Os tra­ba­lha­dores e o Sinttav exigem sa­lá­rios com­pa­tí­veis com as res­pon­sa­bi­li­dades exi­gidas, me­lhores con­di­ções de tra­balho e in­te­gração nos qua­dros da ope­ra­dora de co­mu­ni­ca­ções, uma vez que de­sem­pe­nham fun­ções per­ma­nentes, com todos os di­reitos da con­tra­tação co­lec­tiva.
Pelos mesmos ob­jec­tivos, ti­nham feito greve a 24 e 31 de De­zembro.

Ac­ciona na Bosch
No dia 15, tra­ba­lha­doras da ma­nu­tenção das ins­ta­la­ções da Bosch Car Mul­ti­media, em Braga, con­tra­tadas pela Ac­ciona, reu­niram-se à porta da fá­brica, em ple­nário, nos vá­rios turnos (com adesão total no da tarde), para pro­tes­tarem contra a re­pressão e exi­girem o cum­pri­mento do con­trato co­lec­tivo sem dis­cri­mi­na­ções, in­formou o CESP/​CGTP-IN.

 



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