É POSSÍVEL ALCANÇAR SOLUÇÕES PARA O PAÍS

«Re­forçar a CDU para fazer avançar o País e me­lhorar a vida dos por­tu­gueses»»

Numa se­mana em que no es­sen­cial se man­ti­veram as li­nhas de força que ori­entam a acção de di­fe­rentes forças po­lí­ticas, com PSD e CDS a pro­curar sa­cudir as res­pon­sa­bi­li­dades go­ver­na­tivas no agra­va­mento dos pro­blemas do País e o PS a chamar a si os re­sul­tados po­si­tivos ob­tidos na re­cu­pe­ração de di­reitos e ren­di­mentos, o PCP e a CDU de­sen­volvem um di­ver­si­fi­cado con­junto de ac­ti­vi­dades vi­sando al­cançar novos avanços ou con­cre­tizar os que já foram con­se­guidos e, em si­mul­tâneo, criar con­di­ções para a rup­tura com as op­ções que nor­teiam a acção do go­verno do PS e, pôr de pé uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda com reais so­lu­ções para o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País.

É nesta mar­cante in­ter­venção que se in­sere o ques­ti­o­na­mento ao go­verno pelo Se­cre­tário-geral do PCP no de­bate quin­zenal com o pri­meiro mi­nistro na As­sem­bleia da Re­pú­blica da pas­sada sexta-feira sobre a ne­ces­si­dade de con­trolo pú­blico dos CTT, de pa­ga­mento dos abonos de fa­mília e pré-natal e, a pro­pó­sito dos acon­te­ci­mentos de Vale de Chí­charos, da ne­ces­si­dade de dar res­posta aos pro­blemas so­ciais das po­pu­la­ções e aos pro­blemas das forças e ser­viços de se­gu­rança.

É igual­mente nesta in­ter­venção que se in­sere a re­a­li­zação do En­contro Na­ci­onal «Al­ter­na­tiva Pa­trió­tica e de Es­querda. So­lu­ções para um Por­tugal com fu­turo» no pró­ximo sá­bado em Ma­to­si­nhos, os en­con­tros desta se­mana com a Di­recção do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» e da Di­recção da As­so­ci­ação In­ter­venção De­mo­crá­tica, o jantar-co­mício em Coimbra da pas­sada sexta-feira e a apre­sen­tação do livro « Al­ter­na­tiva Pa­trió­tica e de Es­querda. Por um Por­tugal com Fu­turo!» an­te­ontem em Lisboa, com a par­ti­ci­pação do Se­cre­tário-geral do PCP.

É, de facto, uma in­ter­venção ímpar, de que fazem parte as di­versas ini­ci­a­tivas de pre­pa­ração das elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu (PE) re­a­li­zadas com a par­ti­ci­pação do pri­meiro can­di­dato da CDU. Uma ba­talha elei­toral para a qual par­timos com a de­ter­mi­nação e con­fi­ança de quem pode apre­sentar um tra­balho ímpar no Par­la­mento Eu­ropeu e no País, com uma acção co­e­rente e com­ba­tiva em de­fesa dos in­te­resses na­ci­o­nais e por um pro­jecto al­ter­na­tivo para Por­tugal e para a Eu­ropa. Uma in­ter­venção re­a­li­zada em es­treita li­gação aos tra­ba­lha­dores e às po­pu­la­ções, em todo o País. Uma in­ter­venção que se dis­tingue das de­mais forças po­lí­ticas no PE pelas op­ções po­lí­ticas de fundo que o PCP e a CDU de­fendem com o seu com­pro­misso de res­posta aos an­seios e as­pi­ra­ções dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções e às ne­ces­si­dades do País.

Como afirmou Je­ró­nimo de Sousa em Coimbra no pas­sado dia 25, «foram os nossos de­pu­tados no Par­la­mento Eu­ropeu que avan­çaram com a de­núncia dos bru­tais ata­ques aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, os cortes nos sa­lá­rios e a des­truição dos ser­viços pú­blicos. Que deram com­bate às des­lo­ca­li­za­ções e em de­fesa do em­prego. Que lu­taram contra a im­po­sição de san­ções aos povos e aos países. Que avan­çaram com a pro­posta de re­ne­go­ci­ação das dí­vidas pú­blicas dos países do Euro mais en­di­vi­dados e ali­viar a brutal carga que pesa e con­di­ciona o de­sen­vol­vi­mento de países, como Por­tugal. Que le­varam a de­bate ao Par­la­mento Eu­ropeu a pro­posta de cri­ação de um pro­grama de apoio aos países in­ter­ven­ci­o­nados pela troika para conter o so­fri­mento dos povos».

Do mesmo modo, como lem­brou o Se­cre­tário-geral do PCP, foram os de­pu­tados eleitos nas listas da CDU que to­maram nas suas mãos a de­fesa da agri­cul­tura e do mundo rural, seja com as pro­postas de re­po­sição das quotas lei­teiras, seja através da mo­bi­li­zação de apoios ex­tra­or­di­ná­rios às zonas per­cor­ridas pelos in­cên­dios e tem­pes­tades; as­su­miram a de­fesa das pescas na­ci­o­nais e do nosso mar; deram com­bate à li­be­ra­li­zação do sector dos trans­portes e em de­fesa do apoio à mo­der­ni­zação dos trans­portes pú­blicos; de­fen­deram a Se­gu­rança So­cial pú­blica e uni­versal e o com­bate às pro­postas que abrem ca­minho à sua pri­va­ti­zação; se ba­teram pelo alar­ga­mento dos di­reitos de ma­ter­ni­dade, entre muitas ou­tras ini­ci­a­tivas e pro­postas.

É esta pos­tura de de­fesa dos in­te­resses na­ci­o­nais, dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo que nos per­mite, afron­tando as cam­pa­nhas de de­sin­for­mação, ma­ni­pu­lação, ocul­tação, de men­tira, ca­lúnia e di­fa­mação em curso contra o PCP e a sua in­ter­venção, partir com en­tu­si­asmo e con­fi­ança, para as ba­ta­lhas elei­to­rais, a co­meçar já pela eleição para o Par­la­mento Eu­ropeu.

Trata-se de um ca­minho que não dis­pensa, antes pelo con­trário exige, em si­mul­tâneo, o de­sen­vol­vi­mento da luta de massas, o tra­balho de re­forço do Par­tido e o alar­ga­mento da uni­dade e con­ver­gência com de­mo­cratas e pa­tri­otas mo­bi­li­zando muitos in­de­pen­dentes para o apoio à CDU.

E, neste com­bate, impõe-se como questão cen­tral a ne­ces­si­dade de elevar a cons­ci­ência da im­por­tância de que, para avançar para uma po­lí­tica al­ter­na­tiva com so­lu­ções para o País, é de­ci­sivo dar mais força ao PCP e à CDU.