Novo presidente congolês defende unidade nacional

COLIGAÇÃO Félix Tshisekedi foi investido como presidente da República Democrática do Congo. O seu antecessor, Joseph Kabila, apelou à formação de «uma grande coligação das forças progressistas».

«Queremos construir um Congo voltado para o desenvolvimento»

O novo presidente congolês, Félix Tshisekedi, tomou posse na quinta-feira, 24, em Kinshasa, com a promessa de construir um país unido. «A República Democrática do Congo que formamos não será um Congo da divisão, do ódio ou do tribalismo. Queremos construir um Congo forte, voltado para o desenvolvimento», afirmou.

Comprometendo-se a respeitar as suas obrigações constitucionais, Tshisekedi, com um discurso unificador, saudou os principais rivais derrotados na eleição presidencial, Martin Fayulu, que não aceitou os resultados, e Ramazany Shadary. Prometeu, como uma das primeiras medidas, «recensear todos os presos políticos, tendo em vista a sua próxima libertação». E saudou o antecessor, Joseph Kabila, «um dos actores da materialização da alternância política democrática».

O presidente cessante, na mensagem de despedida proferida na véspera, através da televisão, disse que deixava o cargo de cabeça erguida, «sem arrependimentos nem remorsos». Exortou os líderes políticos a formar «uma grande coligação das forças progressistas, coligação contra as forças predadoras que se juntaram para pilhar os nossos recursos naturais sem contrapartidas para os nossos filhos e netos». E insistiu: «Uma coligação para defender até à custa do sacrifício supremo a independência, a soberania e a integridade territorial do país, os direitos legítimos do povo, a autodeterminação, assim como os nossos valores e a nossa dignidade».

Após a contestação ao anúncio dos resultados das eleições de 30 de Dezembro, o reconhecimento internacional do novo presidente da RDC parece agora ser generalizado. A União Africana e a União Europeia anunciaram que estão prontas para trabalhar com Tshisekedi. Também a França e a Bélgica, a antiga potência colonial, indicaram que pretendem normalizar as relações com Kinshasa.

No plano interno, espera-se uma coligação entre as forças políticas que apoiaram Tshisekedi e a Frente Comum para o Congo, de Kabila, que elegeu uma ampla maioria de deputados no parlamento.




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