À solta

Jorge Cordeiro

Segui­dores da te­oria deGo­eb­bels, por aí va­gueiam os que con­ti­nuam a con­fiar que a men­tira re­pe­tida pode, à força de ser me­di­a­ti­zada, passar a ver­dade. Par­ti­dá­rios do mesmo anti-co­mu­nismo vêem, nas pi­sadas da­quele, fonte de ins­pi­ração. Sem Rei­ch­tags à mão, en­quanto motor de pro­vo­cação, so­correm-se do que podem. Con­fun­dindo car­teira pro­fis­si­onal com função de jor­na­lismo, ati­rando a pedra e es­con­dendo a mão com a co­bardia pró­pria dos que se jul­gando com as armas todas se podem mover a seu bel prazer, acre­di­tando que têm por se­gura a total im­pu­ni­dade, aí estão men­tindo, ca­lu­ni­ando e di­fa­mando. As­su­mindo o papel de peões de brega de in­te­resses que não con­fessam. A ope­ração lan­çada contra o PCP é um caso de es­tudo sobre até onde pode ser le­vada a ma­ni­pu­lação de factos, a per­gunta in­si­diosa que trans­porta a acu­sação feita ver­dade, o his­te­rismo in­qui­si­tivo para se des­mentir o que foi in­ven­tado, a ins­tru­men­ta­li­zação de li­ga­ções fa­mi­li­ares, a mon­tagem de frag­mentos des­co­nexos para que se en­caixem no puzzle di­fa­ma­tório pre­vi­a­mente con­ce­bido, a cen­sura de de­poi­mentos re­co­lhidos para su­portar a men­tira mon­tada. Não con­fun­dimos jor­na­lismo nem jor­na­listas com a acção des­qua­li­fi­cada, sem es­crú­pulos e mer­ce­nária das úl­timas se­manas, cir­cuns­crita em nú­mero de agentes, em­bora com a força da am­pli­fi­cação me­diá­tica que lhe deu su­porte. A as­ser­tiva ci­tação atri­buída a Ber­nard Shaw quanto ao que es­perar de uma luta com um porco não atinge nem se di­rige aos jor­na­listas. Só quem cha­furda na men­tira e na ca­lúnia nela se re­verá. To­cados onde mais lhes dói, os in­te­resses mo­no­po­listas (in­cluindo os da co­mu­ni­cação so­cial) sol­taram os cães. Cá es­tamos para os en­frentar e pros­se­guir a nossa in­ter­venção em de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores e do povo, com­ba­tendo ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento. Sem nos dei­xarmos in­ti­midar.




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