Mentira, manipulação perseguição, insídia

ES­CLA­RE­CI­MENTO O PCP la­menta que «por opção, e se­gu­ra­mente por ori­en­tação, a TVI dê abrigo ao que de mais ras­teiro se tem pro­du­zido e edi­tado no per­curso da co­mu­ni­cação so­cial na­ci­onal».

Ul­tra­pas­saram-se todos os li­mites de­mo­cra­ti­ca­mente to­le­rá­veis

Re­a­gindo a mais uma peça di­vul­gada pela es­tação de Queluz de Baixo na quinta-feira, dia 7, «na es­teira de an­te­ri­ores cons­tru­ções de an­ti­co­mu­nismo que a TVI e uma su­posta jor­na­lista têm der­ra­mado para o ecrã», o Par­tido con­si­dera que esta «tem o mé­rito» de evi­den­ciar cla­ra­mente «o ob­jec­tivo pré-de­ter­mi­nado de atacar os co­mu­nistas e o PCP».

Para o PCP, «as in­si­nu­a­ções trans­for­madas em acu­sa­ções», de novo re­pe­tidas, «não me­recem mais do que a dose de des­prezo cor­res­pon­dente à des­qua­li­fi­cação pro­fis­si­onal e ética de quem as produz», e nota «a má-edu­cação e a bo­ça­li­dade em pre­sença nas ex­pres­sões», a «con­fran­ge­dora ig­no­rância re­ve­lada» por Ana Leal «sempre que sai do guião de ca­lú­nias que es­ta­be­leceu, a li­gei­reza com que re­corre à men­tira pa­ten­teada na peça, a idi­o­tice re­ve­lada quando in­qui­si­to­ri­al­mente in­siste na per­gunta se al­guma vez o carro da au­tar­quia» con­duziu a casa o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal do Seixal (CM do Seixal), bem como «a in­to­le­rável e pi­desca in­vasão de pri­va­ci­dade» de Jo­a­quim Santos. «Exemplo de tudo o que um mero can­di­dato a um curso de jor­na­lismo não pode co­meter se as­pirar a essa pro­fissão», aduz-se.

Re­me­tendo para um des­men­tido bem do­cu­men­tando pu­bli­cado pela au­tar­quia sei­xa­lense a res­peito das men­tiras e in­si­nu­a­ções vei­cu­ladas, o PCP não deixa, porém, de sa­li­entar ser falso que a CM do Seixal seja das mais en­di­vi­dadas. Na re­a­li­dade, é «o 18.º entre cem com me­lhor efi­ci­ência fi­nan­ceira, como se pode con­sultar no Anuário Fi­nan­ceiro dos Mu­ni­cí­pios Por­tu­gueses».

In­fru­tí­feros, por outro lado, são os es­forços para que Ana Leal per­ceba «a de­fi­nição de ajuste di­recto, con­trato li­mi­tado ou con­trato pú­blico», ou que «os “carros de luxo” que alude são idên­ticos aos que a equipe da TVI usou aquando da en­tre­vista com o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal».

São gra­tuitas, vãs, inú­teis as ten­ta­tivas para que dis­tinga «a função de eleito» do con­ceito de «em­prego», en­tenda que «não se con­trata para fun­ções téc­nicas de apoio à ve­re­ação por con­curso (no Seixal como em qual­quer outro mu­ni­cípio)» ou tentar que de­sa­pa­reça o seu «im­pulso odioso, per­se­cu­tório contra o di­reito dos co­mu­nistas a terem vida ou tra­balho».

In­to­le­rável

En­tre­tanto, an­te­ontem, em carta di­ri­gida ao pre­si­dente da En­ti­dade Re­gu­la­dora da Co­mu­ni­cação So­cial (ERC), o Par­tido ques­tiona a en­ti­dade acerca do «papel e de­ci­sões que tem em vista adoptar pe­rante a gros­seira ope­ração de ma­ni­pu­lação, di­fa­mação, ca­lúnia e per­se­guição contra o PCP».

«Não se trata já de re­no­mear as gros­seiras vi­o­la­ções de cri­té­rios de­on­to­ló­gicos, as re­pe­tidas vi­o­la­ções de pri­va­ci­dade, a ex­po­sição pú­blica e o in­sulto gra­tuito, a in­si­diosa di­fa­mação, os múl­ti­plos epi­só­dios de cen­sura e de ma­ni­pu­lação de factos para, a partir do que se omite e da cons­trução de frag­mentos, colar com a nar­ra­tiva men­ti­rosa que se pre­tende di­fundir», mas de «re­gistar a in­qui­e­tante pas­sagem para um pa­tamar em que para lá do in­digno exer­cício jor­na­lís­tico (se assim o po­demos de­signar), é in­dis­far­çável uma cam­panha de per­se­guição po­lí­tica, sis­te­má­tica e in­ten­ci­o­nal­mente cons­truída, para atacar o PCP e atingir a sua honra, per­curso e pro­jecto po­lí­tico»

«O re­curso pa­té­tico para, a pro­pó­sito de en­ti­dades ter­ceiras – pú­blicas, pri­vadas ou de na­tu­reza so­cial –, as­so­ciar abu­si­va­mente o PCP, apre­sen­tando nas peças ima­gens de di­ri­gentes do Par­tido ou ac­ti­vi­dades por si re­a­li­zadas, sem qual­quer co­nexão ra­ci­onal; a in­si­diosa e per­ma­nente re­fe­rência acu­sa­tória a co­mu­nistas pelo sim­ples facto de o serem ou de se supor que são; a ten­ta­tiva de cri­mi­na­li­zação dessa con­dição com o cor­res­pon­dente exer­cício de de­lação e iden­ti­fi­cação a partir da fi­li­ação par­ti­dária, in­te­gram», para o Par­tido, «uma cam­panha mo­vida por ob­jec­tivos que se jul­gavam ex­tintos em 1974».

«Uma cam­panha que a par dos ina­cei­tá­veis cri­té­rios que lhe estão sub­ja­centes en­contra ainda a sua pro­fusão com uma gi­gan­tesca ope­ração de men­tira e ca­lúnia que só nas úl­timas se­manas levou o canal de Te­le­visão (TVI), que fez da pro­vo­cação linha edi­to­rial, a de­dicar mais de 2 horas e 24 mi­nutos (1h32 dos quais em canal ge­ne­ra­lista)», de­talha-se na mis­siva, na qual se con­clui que, «por mais elás­tica que seja a ob­ser­vação sempre re­pe­tida de cri­té­rios edi­to­riais, de li­ber­dade de in­for­mação e ou­tros ha­bi­tu­al­mente ar­gu­men­tados para jus­ti­ficar dis­cri­mi­na­ções, si­len­ci­a­mentos ou tra­ta­mento de­si­gual, es­tamos em crer que se ul­tra­pas­saram todos os li­mites que de­mo­cra­ti­ca­mente são to­le­rá­veis».



Mais artigos de: PCP

PCP reitera justiça da luta dos professores

«O Governo tem resistido a negociar com os professores» avolumando o «sentimento de profunda injustiça». Com esta declaração, Jerónimo de Sousa criticou o executivo minoritário do PS por manter uma «posição paralisante» e sublinhou a justeza da luta daqueles contra a tentativa de «varrer sem...

PCP nas ruas do País a afirmar que «avançar é preciso»

AFIRMAÇÃO A jor­nada de afir­mação do PCP que teve lugar na sexta-feira, 8, em todo o País levou a mi­lhares de pes­soas as pro­postas dos co­mu­nistas e seus ali­ados para Por­tugal e para a Eu­ropa e a con­vicção de que é pos­sível ir mais longe na de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos.