MOBILIZAR O APOIO À CDU

«É pre­ciso e é pos­sível avançar, re­for­çando a CDU»

As co­me­mo­ra­ções do 8 de Março as­su­miram uma grande ex­pressão e sig­ni­fi­cado com um muito ele­vado nú­mero de ac­ções. A exi­gência da igual­dade na vida foi a razão que levou às ruas de Lisboa mi­lhares de mu­lheres que no pas­sado sá­bado par­ti­ci­param na ma­ni­fes­tação na­ci­onal de mu­lheres pro­mo­vida pelo MDM. Trata-se de um justo ob­jec­tivo. As mu­lheres, de norte a sul do País, con­ver­giram com a sua ale­gria, de­ter­mi­nação e com­ba­ti­vi­dade nesta grande acção de massas, dando assim sig­ni­fi­cado po­lí­tico às co­me­mo­ra­ções do Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher.

O Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher, pro­cla­mado em 1910, in­seriu-se numa nova etapa his­tó­rica da luta das mu­lheres pela sua eman­ci­pação so­cial que o mo­vi­mento ope­rário e re­vo­lu­ci­o­nário ins­creveu nos seus ob­jec­tivos pela igual­dade entre mu­lheres e ho­mens na lei e na vida. Foi uma justa rei­vin­di­cação que emergiu da ne­ces­si­dade de dar mais força à luta or­ga­ni­zada das mu­lheres, de forma con­sis­tente e con­ti­nuada, pelos ob­jec­tivos es­pe­cí­ficos, que não se isolou da luta mais geral em cada país, nunca dei­xando de ter no ho­ri­zonte a eman­ci­pação so­cial.

Pros­se­guiram também esta se­mana as co­me­mo­ra­ções do 98.º ani­ver­sário do PCP. No­venta e oito anos de inin­ter­rupto com­bate e de uma de­di­cação sem li­mites à causa eman­ci­pa­dora da classe ope­rária, dos tra­ba­lha­dores e do povo. 98 anos de luta, que são mo­tivo de de­ter­mi­nação e con­fi­ança de um Par­tido que tem os olhos vol­tados para o fu­turo: para o seu re­forço or­gâ­nico, para o re­forço da sua li­gação às massas, para a uni­dade dos tra­ba­lha­dores e dos de­mo­cratas, para a luta pela de­fesa, re­po­sição e con­quista de di­reitos, pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita, pela al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, pela De­mo­cracia Avan­çada ins­pi­rada nos va­lores de Abril, pelo fu­turo so­ci­a­lista de Por­tugal.

São co­me­mo­ra­ções que este ano têm uma razão acres­cida, já que ce­le­bramos igual­mente os 45 anos da Re­vo­lução de Abril, para a qual o PCP deu um in­subs­ti­tuível e de­ci­sivo con­tri­buto.

Foi no quadro desta in­tensa in­ter­venção que o PCP pro­moveu esta se­mana di­versas ini­ci­a­tivas e ac­ções, de que se des­taca os co­mí­cios com grandes e sig­ni­fi­ca­tivas par­ti­ci­pa­ções e com­ba­ti­vi­dade, em Lisboa e no Porto. Foi também o al­moço do PCP co­me­mo­ra­tivo do Dia In­ter­na­ci­onal da Mu­lher com mu­lheres em Al­mada ou o con­tacto com utentes dos trans­portes pú­blicos que, pela de­ter­mi­nante acção do PCP, vêem agora a res­posta a uma velha rei­vin­di­cação que tantas lutas mo­tivou, a re­dução sig­ni­fi­ca­tiva dos preços e alar­ga­mento do Passe So­cial In­ter­modal. Uma acção di­nâ­mica de afir­mação das so­lu­ções da CDU para os pro­blemas na­ci­o­nais que contou com a par­ti­ci­pação de João Fer­reira, 1.º can­di­dato da lista da CDU às elei­ções para o Par­la­mento Eu­ropeu e de Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP e em que se vai en­qua­drar a apre­sen­tação da lista de can­di­da­tura da CDU ao PE amanhã em Lisboa.

Avança agora a pre­pa­ração de novas lutas, no­me­a­da­mente a ma­ni­fes­tação na­ci­onal da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora con­vo­cada pela CGTP-IN/​In­ter­jovem para o dia 28 de Março em Lisboa e a grande jor­nada de luta do 1.º de Maio igual­mente con­vo­cado pela CGTP-IN em todo o País e cuja pre­pa­ração avança a partir das em­presas, lo­cais de tra­balho e sec­tores. No mesmo quadro, avança a pre­pa­ração das co­me­mo­ra­ções do 45.º ani­ver­sário do 25 de Abril, in­se­rido numa di­nâ­mica de afir­mação dos seus va­lores e de re­jeição, de­núncia e com­bate à pro­moção pelo grande ca­pital de con­cep­ções e prá­ticas re­ac­ci­o­ná­rias e mesmo pró-fas­cistas.

Pros­se­guem também as ba­ta­lhas elei­to­rais num quadro em que as forças da di­reita ao ser­viço do grande ca­pital tudo fazem para re­tomar in­te­gral­mente, e de forma ace­le­rada, o seu pro­jecto de agra­va­mento da ex­plo­ração e em­po­bre­ci­mento dos tra­ba­lha­dores e do povo e de sub­versão da Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa. Forças que contam com a com­pla­cência e co­ni­vência de todos aqueles, como o PS, que não rompem com as suas op­ções po­lí­ticas de sempre ou do PSD e CDS que tudo fazem para fazer re­gredir a vida po­lí­tica na­ci­onal à sua po­lí­tica de re­tro­cesso so­cial de má me­mória.

É neste con­texto que se de­sen­volve uma cam­panha am­pla­mente me­di­a­ti­zada que, ao mesmo tempo que tudo faz para si­len­ciar ou ma­ni­pular a men­sagem da CDU, pro­move de forma des­ca­rada as can­di­da­turas de ou­tras forças po­lí­ticas, no­me­a­da­mente do PS, PSD, CDS e BE.

Mas, é pre­ciso avançar! É pre­ciso e é pos­sível uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda, re­for­çando a CDU. O en­vol­vi­mento dos mi­li­tantes, ac­ti­vistas, apoi­antes e amigos da CDU na ba­talha elei­toral, es­cla­re­cendo e mo­bi­li­zando os tra­ba­lha­dores e o povo e mos­trando a im­por­tância de votar na CDU, é o ele­mento de­ci­sivo para dar mais força à sua acção ímpar na de­fesa dos in­te­resses na­ci­o­nais e na afir­mação da nossa so­be­rania, numa Eu­ropa de co­o­pe­ração entre es­tados so­be­ranos e iguais.

O re­forço do PCP (com des­taque para a acção dos 5 mil con­tactos com tra­ba­lha­dores) e da CDU, con­ju­gado com a luta de massas e a uni­dade e con­ver­gência de de­mo­cratas e pa­tri­otas, é factor de­ter­mi­nante e de­ci­sivo para a de­fesa dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do Povo, para a de­fesa da de­mo­cracia, para um Por­tugal com fu­turo.