CGTP-IN mobiliza para 28 de Março com luta a crescer por salários e direitos

ACÇÃO Ani­mados pelos re­sul­tados con­se­guidos e res­pon­dendo às graves al­te­ra­ções em marcha ao Có­digo do Tra­balho, os sin­di­catos e a CGTP-IN or­ga­nizam a in­ten­si­fi­cação da luta dos tra­ba­lha­dores.

Uma con­cen­tração na­ci­onal está mar­cada para 11 de Abril

A poucos dias da ma­ni­fes­tação na­ci­onal da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora, em Lisboa, com início às 15 horas da pró­xima quinta-feira, o Ple­nário de Sin­di­catos da CGTP-IN saudou todos os que se têm ba­tido por me­lhores con­di­ções de vida e de tra­balho e apelou à in­ten­si­fi­cação da luta.

Na re­so­lução saída da reu­nião de dia 15, o órgão di­ri­gente da con­fe­de­ração as­si­nala «os avanços re­gis­tados com a luta dos tra­ba­lha­dores, da CGTP-IN e das suas or­ga­ni­za­ções de classe», mas também «os graves pro­blemas es­tru­tu­rais e as pro­fundas in­jus­tiças que se mantêm na so­ci­e­dade», como os que re­sultam da «in­sis­tência do Go­verno do PS em optar, de­sig­na­da­mente, pela po­lí­tica la­boral da di­reita».

A In­ter­sin­dical de­cidiu desde já con­vocar uma con­cen­tração frente à As­sem­bleia da Re­pú­blica, para 11 de Abril, às 14h30, «pela re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral e contra a pro­posta de lei do Go­verno do PS, que re­sulta do acordo com os pa­trões e a UGT, que contou com o apoio do PSD, do CDS e do PAN, que agrava a pre­ca­ri­e­dade, des­re­gula os ho­rá­rios de tra­balho e, entre ou­tros as­pectos ne­ga­tivos, mantém a ca­du­ci­dade e não repõe o prin­cípio do tra­ta­mento mais fa­vo­rável nem a re­no­vação au­to­má­tica das con­ven­ções».

Estes ob­jec­tivos estão igual­mente pre­sentes na mo­bi­li­zação para a ma­ni­fes­tação na­ci­onal da ju­ven­tude tra­ba­lha­dora, onde se vai exigir o fim da pre­ca­ri­e­dade, dos baixos sa­lá­rios e do em­prego sem di­reitos.

A In­ter­jovem e todo o mo­vi­mento sin­dical uni­tário, nos ma­te­riais dis­tri­buídos nas úl­timas se­manas nos lo­cais de tra­balho, têm des­ta­cado os graves con­teúdos da­quela pro­posta de lei, que iria per­pe­tuar a pre­ca­ri­e­dade. O justo ca­minho in­verso tem sido per­cor­rido com a rei­vin­di­cação e a luta, des­ta­cando-se di­versas em­presas onde mi­lhares de tra­ba­lha­dores com vín­culos pre­cá­rios pas­saram a efec­tivos.

A 28 de Março, Dia Na­ci­onal da Ju­ven­tude, a ma­ni­fes­tação sai do Rossio para a AR, «afir­mando a luta contra a pre­ca­ri­e­dade e pelo au­mento dos sa­lá­rios e tra­zendo para as ruas as lutas que se de­sen­volvem nas em­presas e lo­cais de tra­balho», como se re­fere numa nota da CGTP-IN sobre a pre­pa­ração desta jor­nada.

O Ple­nário de Sin­di­catos apelou também à par­ti­ci­pação dos tra­ba­lha­dores nas co­me­mo­ra­ções po­pu­lares do 45.º ani­ver­sário do 25 de Abril e na «grande jor­nada de luta do 1.º de Maio, com ma­ni­fes­ta­ções e con­cen­tra­ções por todo o País».

 



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