Realidade dos media em audição do PCP

Os pro­blemas e di­reitos dos jor­na­listas e ou­tros tra­ba­lha­dores da co­mu­ni­cação so­cial, bem como as trans­for­ma­ções no sis­tema me­diá­tico, es­ti­veram em foco em re­cente au­dição pú­blica na AR pro­mo­vida pelo PCP.

A ini­ci­a­tiva, di­ri­gida por uma mesa cons­ti­tuída por Diana Fer­reira e An­tónio Fi­lipe (de­pu­tados), e Carlos Gon­çalves, da Co­missão Po­lí­tica, contou com a par­ti­ci­pação de vá­rias en­ti­dades e pro­fis­si­o­nais que dei­xaram o seu tes­te­munho e pre­o­cu­pa­ções pela re­a­li­dade vi­vida no sector.

Abor­dadas foram as con­di­ções de tra­balho dos jor­na­listas e ou­tros pro­fis­si­o­nais, de­sig­na­da­mente a pre­ca­ri­e­dade, os baixos sa­lá­rios, os in­tensos ritmos de tra­balho, as do­enças pro­fis­si­o­nais, os des­pe­di­mentos e a fusão das re­dac­ções e as con­sequên­cias pro­fun­da­mente ne­ga­tivas daí re­sul­tantes.

Houve também es­paço para re­flexão sobre o de­sen­vol­vi­mento tec­no­ló­gico, a mer­can­ti­li­zação da no­tícia, as fake news, a ma­ni­pu­lação da in­for­mação e como esta ma­ni­pu­lação, de forma or­ga­ni­zada, conduz à ig­no­rância.

Falou-se ainda sobre o papel do ser­viço pú­blico de rádio e te­le­visão e da agência no­ti­ciosa e da ne­ces­si­dade de um sector de co­mu­ni­cação so­cial plu­ra­lista, de­mo­crá­tico e res­pon­sável.

Su­bli­nhada foi também a ne­ces­si­dade de com­bater a con­cen­tração da pro­pri­e­dade dos ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial e o mo­no­pólio das mul­ti­na­ci­o­nais da fi­leira me­diá­tica, ga­ran­tindo si­mul­ta­ne­a­mente os di­reitos dos jor­na­listas e de ou­tros pro­fis­si­o­nais do sector para o exer­cício das suas fun­ções e o seu res­peito pelos prin­cí­pios éticos e de­on­to­ló­gicos. Estas são li­nhas de acção fun­da­men­tais para ga­rantir o plu­ra­lismo, as li­ber­dades de im­prensa, de ex­pressão e de in­for­mação e assim de­fender os prin­cí­pios cons­ti­tu­ci­o­nais e a pró­pria de­mo­cracia.

 



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