Protesto nos hotéis da Avenida

Du­rante toda a manhã chu­vosa de quarta-feira, dia 17, um nu­me­roso grupo de di­ri­gentes e de­le­gados sin­di­cais e ou­tros tra­ba­lha­dores per­correu ambos os lados da Ave­nida da Li­ber­dade e dos Res­tau­ra­dores, em Lisboa, pa­rando à porta das uni­dades ho­te­leiras que ali pros­peram, para en­tre­garem, em cada uma delas, uma moção a re­clamar que in­ter­ve­nham para al­terar a po­sição da sua as­so­ci­ação pa­tronal nas ne­go­ci­a­ções da con­tra­tação co­lec­tiva.

A acção de luta foi pro­mo­vida pelo Sin­di­cato da Ho­te­laria e Si­mi­lares do Sul, que ad­mite re­peti-la, como re­feriu numa nota pu­bli­cada nessa noite.

O sin­di­cato da Fe­saht/​CGTP-IN de­cidiu avançar para esta forma de luta, porque a As­so­ci­ação da Ho­te­laria de Por­tugal (AHP) de­nun­ciou o con­trato co­lec­tivo, usando as pos­si­bi­li­dades abertas pelas al­te­ra­ções le­gis­la­tivas da mai­oria PSD/​CDS. Em se­guida, a as­so­ci­ação pa­tronal apre­sentou «pro­postas re­tró­gradas», que o sin­di­cato e os tra­ba­lha­dores re­jeitam.

Os pa­trões pre­tendem, por exemplo, ex­plicou o sin­di­cato, numa nota de im­prensa de dia 15: eli­minar os dois dias obri­ga­tó­rios de des­canso se­manal, in­tro­duzir «bancos» de horas e pro­longar o pe­ríodo de tra­balho até 12 horas diá­rias ou 60 se­ma­nais, deixar de pagar como fe­riado a Terça-feira de Car­naval, re­duzir dras­ti­ca­mente o pa­ga­mento do tra­balho su­ple­mentar, eli­minar o pa­ga­mento do tra­balho noc­turno, marcar fé­rias e ho­rá­rios de tra­balho uni­la­te­ral­mente, acabar com o di­reito a ali­men­tação em es­pécie, trans­ferir sem li­mites tra­ba­lha­dores entre es­ta­be­le­ci­mentos, eli­minar diu­tur­ni­dades, li­mitar di­reitos sin­di­cais, ex­tin­guir pré­mios, como o de lín­guas, e li­quidar o abono de fa­lhas.

 



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