A União Europeia (UE) ratificou o seu apoio ao Tratado sobre Comércio de Armas Convencionais, no quadro das Nações Unidas, e criticou a decisão dos EUA de abandonar aquele pacto. Num discurso na convenção anual da controversa Associação Nacional das Armas, na sexta-feira, 27 de Abril, o presidente Trump anunciou que Washington vai abandonar o mecanismo internacional, apoiado por cerca de 130 estados. O tratado entrou em vigor em finais de 2014 para regular o comércio internacional de armas convencionais, desde as pequenas até aos carros de combate, aviões e navios de guerra. Bruxelas destacou agora, em comunicado, que se trata de «um instrumento multilateral chave para garantir a responsabilidade e transparência no comércio internacional de armas, impedir actos ilícitos e assegurar a paz, a segurança e a estabilidade». Acrescentou que «os 28 membros da UE assinaram esse pacto e estão determinados a cumprir a sua implementação». As armas pequenas e ligeiras causam todos os anos a morte de cerca de 500 mil pessoas e a sua venda não regulada «favorece os conflitos, o terrorismo e o crime organizado», lembra ainda a UE.