Grande 1.º de Maio deu mais força à luta que vai continuar

UNI­DADE As rei­vin­di­ca­ções dos tra­ba­lha­dores, com des­taque para o au­mento dos sa­lá­rios, ga­nharam forte ex­pressão nas co­memorações do 1.º de Maio, pro­mo­vidas pela CGTP-IN em quatro de­zenas de lo­ca­li­dades.

Nas ma­ni­fes­ta­ções e con­cen­tra­ções, re­a­li­zadas em pra­ti­ca­mente todos os dis­tritos e na RA da Ma­deira, foram bem vi­sí­veis faixas de di­fe­rentes em­presas e sec­tores, re­cla­mando au­mentos de sa­lá­rios e de pen­sões, bem como a de­fesa de di­reitos ata­cados pelas prá­ticas pa­tro­nais e pela pro­posta de lei com que o Go­verno pre­tende agravar a le­gis­lação la­boral.

Sob o lema «Avançar nos di­reitos, va­lo­rizar os tra­ba­lha­dores», muitas de­zenas de mi­lhares de tra­ba­lha­dores saíram às ruas em Viana do Cas­telo, Gui­ma­rães, Vila Real, Bra­gança, Porto, Aveiro, Viseu, Man­gualde, La­mego, Guarda, Coimbra, Fi­gueira da Foz, Cas­telo Branco, Co­vilhã, Tor­to­sendo, Minas da Pa­nas­queira, Leiria, San­tarém, Lisboa, Torres Ve­dras, Por­ta­legre, Évora, Ar­rai­olos, Mon­temor-o-Novo, Vendas Novas, Se­túbal, Al­cácer do Sal (Ca­se­bres e Santa Su­sana), Grân­dola, Sines, Beja, Pias (Bar­ragem do Enxoé), Er­videl (Bar­ragem do Roxo), Faro, Fun­chal, Angra do He­roísmo, Horta e Ponta Del­gada – como no­ti­ciámos na se­mana pas­sada. Às fotos de 15 lo­ca­li­dades, que então pu­bli­cámos, acres­cen­tamos hoje ou­tras sete.

Se é um facto que os tra­ba­lha­dores com lutas em curso deram muita força às co­me­mo­ra­ções do 1.º de Maio, é igual­mente ver­dade que a ce­le­bração, na di­mensão atin­gida e com a de­ter­mi­nação ma­ni­fes­tada, anima e es­ti­mula uni­dade e a mo­bi­li­zação para os pró­ximos com­bates, quer por cada uma das rei­vin­di­ca­ções em em­presas e ser­viços, quer por tudo aquilo que lhes é comum.

SMN de 850 euros
a breve prazo

«A rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e uma po­lí­tica al­ter­na­tiva, que dis­tribua a ri­queza de forma justa, que res­peite e va­lo­rize o tra­balho e os tra­ba­lha­dores, que pro­mova o au­mento da pro­dução na­ci­onal, que re­cu­pere para o Es­tado as em­presas e sec­tores es­tra­té­gicos, que de­fenda e in­vista nos ser­viços pú­blicos e nas fun­ções so­ciais do Es­tado e que avance com a re­gi­o­na­li­zação» são de­fen­didas na re­so­lução acla­mada na Ala­meda D. Afonso Hen­ri­ques, em Lisboa.

Nesse do­cu­mento cen­tral do 1.º de Maio, a In­ter­sin­dical re­cordou que a luta dos tra­ba­lha­dores «tem per­mi­tido au­mentar sa­lá­rios, de­fender e con­quistar di­reitos, re­duzir ho­rá­rios e re­jeitar adap­ta­bi­li­dades e bancos de horas, com­bater a pre­ca­ri­e­dade e ga­rantir a apli­cação de di­reitos con­sa­grados na con­tra­tação co­lec­tiva», sa­li­en­tando que este «é o ca­minho que temos de con­ti­nuar a per­correr todos os dias».

O au­mento geral dos sa­lá­rios de todos os tra­ba­lha­dores, com fi­xação do sa­lário mí­nimo na­ci­onal em 850 euros, a curto prazo, en­ca­beça a lista dos «eixos rei­vin­di­ca­tivos cen­trais» para os pró­ximos meses.

Nesses cinco pontos, que «devem ser as­su­midos de forma in­te­grada para a cons­trução de um mo­delo de de­sen­vol­vi­mento para Por­tugal», constam também: a re­vo­gação das normas gra­vosas da le­gis­lação la­boral e a re­jeição da pro­posta de lei la­boral do Go­verno do PS; o com­bate à pre­ca­ri­e­dade nos sec­tores pri­vado e pú­blico; as 35 horas de tra­balho se­manal para todos e o com­bate à des­re­gu­lação dos ho­rá­rios.

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