Washington ameaça Irão com porta-aviões e sanções

AMEAÇA Os EUA vão en­viar um porta-aviões e uma uni­dade de bom­bar­deiros para o Médio Ori­ente, que­rendo assim di­rigir uma «men­sagem clara» ao Irão, ao mesmo tempo que pre­param novas san­ções contra Te­erão.

O as­sessor de Se­gu­rança Na­ci­onal do go­verno norte-ame­ri­cano, John Bolton, que se tem des­ta­cado pelas suas po­si­ções be­li­cistas face a Cuba e à Ve­ne­zuela, re­velou que o grupo de com­bate do USS Abraham Lin­coln e uma força de bom­bar­deiros vão des­locar-se para uma re­gião sob as or­dens do Co­mando Cen­tral do Pen­tá­gono, em res­posta ao que chamou «in­dí­cios pre­o­cu­pantes e cres­centes».

Tal mo­vi­mento, se­gundo Bolton, tem por ob­jec­tivo en­viar «uma men­sagem clara e inequí­voca ao re­gime ira­niano de que qual­quer ataque contra os in­te­resses dos EUA ou dos seus ali­ados será res­pon­dido com uma força im­pla­cável».

Meios de in­for­mação norte-ame­ri­canos notam que não é in­vulgar a pre­sença de um porta-aviões dos EUA na re­gião, mas in­ter­pretam a lin­guagem do co­mu­ni­cado de Bolton como mais um sinal de que Washington está a au­mentar a pressão sobre Te­erão.

As ten­sões entre os dois países cres­ceram desde que, em Maio de 2018, o pre­si­dente Do­nald Trump de­cidiu re­tirar o seu país do acordo nu­clear al­can­çado entre o Irão e seis po­tên­cias mun­diais em 2015. A Casa Branca deu esse passo apesar de os res­tantes mem­bros do me­ca­nismo o terem ins­tado a não re­tirar-se, e apesar de o Or­ga­nismo In­ter­na­ci­onal de Energia Ató­mica, os ser­viços se­cretos norte-ame­ri­canos e os par­ceiros dos EUA terem ga­ran­tido que Te­erão res­pei­tava os com­pro­missos do tra­tado.

Com o aban­dono uni­la­teral do acordo, os EUA im­pu­seram de novo uma série de san­ções contra a nação persa, prin­ci­pal­mente di­ri­gidas aos sec­tores ener­gé­tico e ban­cário, as quais visam, entre ou­tros ob­jec­tivos, re­duzir a zero as ex­por­ta­ções de pe­tróleo ira­niano. E sabe-se que pre­param mais san­ções em novos sec­tores.

Além disso, em Abril, Washington qua­li­ficou como «or­ga­ni­zação ter­ro­rista» os Corpos da Guarda Re­vo­lu­ci­o­nária Is­lâ­mica do Irão, após o que Te­erão aprovou uma lei que clas­si­fica do mesmo modo as forças mi­li­tares dos EUA no Médio Ori­ente e con­si­dera o go­verno Trump um «pa­tro­ci­nador do ter­ro­rismo».




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