c. 59 a.C. – Nasce Titus Livius

O his­to­ri­ador ro­mano Tito Lívio in­tegra, a par do seu ho­mó­logo grego He­ró­doto, a ga­leria dos grandes his­to­ri­a­dores da An­ti­gui­dade. Nas­cido em Pa­ta­vium (ac­tual ci­dade ita­liana de Pádua), em 59 a.C., es­tudou re­tó­rica e fi­lo­sofia, e cedo se dis­tin­guiu como es­critor. Já em Roma, gran­jeou a sim­patia do im­pe­rador Au­gusto, o que lhe valeu o lugar de pre­ceptor do jovem Cláudio, fu­turo im­pe­rador. A sua prin­cipal obra é Ab Urbe con­dita libri (Desde a Fun­dação da Ci­dade), uma his­tória de Roma desde a sua fun­dação, cerca de 753 a.C., até à morte do im­pe­rador Nero Cláudio Druso (9 a.C.). Com­posta por 142 li­vros, a obra é uma das prin­ci­pais fontes his­tó­ricas para o es­tudo da Roma An­tiga (Mo­nar­quia, Re­pú­blica e fase ini­cial do Im­pério). Ma­qui­avel, em Co­men­tá­rios sobre a pri­meira dé­cada de Tito Lívio, uma di­gressão sobre os dez pri­meiros li­vros, afirma que «os que es­tu­darem o que foi o início de Roma, os seus le­gis­la­dores e a ordem pú­blica que ins­ti­tuíram não se es­pan­tarão de saber que tantas vir­tudes te­nham sido ali cul­ti­vadas du­rante sé­culos, e que aquela ci­dade se tenha tor­nado centro de imenso im­pério». Da obra só restam 35 li­vros. O con­teúdo dos vo­lumes per­didos é co­nhe­cido pelos su­má­rios pro­du­zidos a partir do sé­culo I d.C. como forma de obstar à grande ex­tensão da obra.