Unidos e firmes na TST por aumentos salariais

LUTA Os tra­ba­lha­dores da Trans­portes Sul do Tejo ma­ni­fes­taram-se dia 20 nas ruas de Al­mada, du­rante uma greve de 48 horas. Contra os baixos sa­lá­rios, voltam à greve a 11 e 12 de Junho.

Sem ne­go­ci­ação, a ac­tu­a­li­zação tem sido in­fe­rior à in­flação

A luta por me­lhoria sig­ni­fi­ca­tiva dos sa­lá­rios na trans­por­ta­dora ro­do­viária de pas­sa­geiros do Grupo Ar­riva, que opera nos con­ce­lhos de Al­mada, Moita, Se­simbra e Se­túbal, ga­nhou ex­pressão pú­blica em Março, com o im­pacto da greve re­a­li­zada dias 13 e 14. Na al­tura, foi de­nun­ciada a de­gra­dação dos sa­lá­rios, que têm cres­cido abaixo da in­flação de­vido a su­ces­sivos actos de gestão, sem res­peitar o di­reito de ne­go­ci­ação.

Or­ga­ni­zados no STRUP (sin­di­cato da Fec­trans/​CGTP-IN), os tra­ba­lha­dores vol­taram a pa­ra­lisar o tra­balho a 12 e 13 de Abril. Tal como na luta do mês an­te­rior, du­rante esta greve foi dis­cu­tida e de­ci­dida, em ple­nário, a re­a­li­zação de outra, a 19 e 20 de Maio, com uma ini­ci­a­tiva de rua em Al­mada.

Para ex­pli­carem as causas da luta e exi­girem que as au­tar­quias lo­cais dos con­ce­lhos ser­vidos pela TST in­ter­ve­nham, dentro das com­pe­tên­cias de cada uma, foi de­ci­dido pedir-lhes reu­niões. A fe­de­ração, ao re­velar esta de­cisão, as­si­nalou que a me­lhoria dos sa­lá­rios e das con­di­ções de tra­balho é «con­dição fun­da­mental para ser as­se­gu­rado um ser­viço pú­blico de qua­li­dade».

Face a al­guma con­fusão en­tre­tanto sur­gida, o STRUP e ou­tros dois sin­di­catos vi­eram es­cla­recer, num co­mu­ni­cado de úl­tima hora, que a ad­mi­nis­tração apre­sen­tara uma nova pro­posta, numa reu­nião re­a­li­zada no dia 18, sá­bado. Mas uma de­cisão só seria to­mada de­pois de ouvir os tra­ba­lha­dores, pelo que se man­tinha a greve de do­mingo e se­gunda-feira, bem como o ple­nário junto ao edi­fício da CM Al­mada.

A po­sição pa­tronal, como um di­ri­gente da Fec­trans ex­plicou à agência Lusa, no final do ple­nário na Rua D. Nuno Álvares Pe­reira, ficou muito aquém do rei­vin­di­cado. Fer­nando Fi­dalgo ex­plicou que a pro­posta pas­sava de 673 para 685 euros o sa­lário-base dos mo­to­ristas e ad­mitia a cri­ação de um sis­tema de folgas ro­ta­tivas. Com uma rei­vin­di­cação de au­mento para 750 euros, os tra­ba­lha­dores ad­mi­tiram aceitar 700 euros, para aplicar de ime­diato e com efeitos a 1 de Ja­neiro deste ano.

Nas rei­vin­di­ca­ções apro­vadas e apre­sen­tadas à ad­mi­nis­tração constam ainda a su­bida dos va­lores das diu­tur­ni­dades e do sub­sídio de re­feição, a in­te­gração do sub­sídio de agente único no sa­lário, a ge­ne­ra­li­zação das folgas ro­ta­tivas a todos os que de­sejem, a ga­rantia de 25 dias de fé­rias e o pa­ga­mento de 75 euros por tra­balho em dia de folga, como re­feriu a União dos Sin­di­catos de Se­túbal. Numa nota de dia 17, a es­tru­tura dis­trital da CGTP-IN in­cluiu ainda nas exi­gên­cias dos tra­ba­lha­dores da TST a pas­sagem a efec­tivos dos tra­ba­lha­dores con­tra­tados a prazo.

A re­a­firmar a so­li­da­ri­e­dade do PCP com esta luta, es­ti­veram no ple­nário João Pi­menta Lopes, de­pu­tado no Par­la­mento Eu­ropeu, e Bruno Dias, de­pu­tado na As­sem­bleia da Re­pú­blica.



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