A alternativa constrói-se com a força da CDU

ÉVORA João Oli­veira é o pri­meiro can­di­dato da CDU pelo cír­culo de Évora, onde são eleitos três dos 230 de­pu­tados. A luta pela cons­trução do Hos­pital Cen­tral Pú­blico do Alen­tejo foi as­su­mida como uma das pri­o­ri­dades.

É pos­sível in­verter a si­tu­ação de aban­dono e de­clínio

Na apre­sen­tação pú­blica do can­di­dato, no dia 13 de Junho, com a pre­sença do Se­cre­tário-geral do PCP, es­ti­veram mais de 200 pes­soas, entre as quais os pre­si­dentes das au­tar­quias do dis­trito de Évora eleitos pela CDU. O início ficou mar­cado pela lei­tura, por Pedro Es­tro­nhinho, dos po­emas «To­po­nímia da rosa» e «Antes que seja tarde», de Ma­nuel Gusmão e Ma­nuel da Fon­seca, res­pec­ti­va­mente. A ini­ci­a­tiva contou ainda com a in­ter­venção de Ma­nuela Cunha, da Co­missão Exe­cu­tiva do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes», e a pre­sença, entre muitos ou­tros di­ri­gentes, de Pa­trícia Ma­chado e de João Dias Co­elho, da Co­missão Po­lí­tica do PCP.

Sobre a ac­tual le­gis­la­tura, João Oli­veira as­si­nalou que a CDU, só por si, «não tinha força para aprovar tudo o que era ne­ces­sário, nem para travar o que era ne­ga­tivo», em­bora ti­vesse sido a «força de­ci­siva para os avanços al­can­çados, muitos deles ar­ran­cados a ferros ao Go­verno PS que não os queria con­cre­tizar».

«O Go­verno PS man­teve-se agar­rado aos seus com­pro­missos de sempre com os grandes grupos eco­nó­micos e, em ques­tões cen­trais, man­teve as op­ções da po­lí­tica de di­reita e a sub­missão às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia, im­pe­dindo que se avan­çasse mais do que se avançou na res­posta aos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores e do povo», acusou, fri­sando: «Foi pre­ciso lutar muito para vencer essas re­sis­tên­cias e con­quistar os avanços que con­se­guimos con­quistar», que têm «um im­pacto muito po­si­tivo na vida das po­pu­la­ções do dis­trito de Évora», como o au­mento nas pen­sões de re­forma, o au­mento dos abonos de fa­mília e ma­nuais es­co­lares gra­tuitos em toda a es­co­la­ri­dade obri­ga­tória.

Va­lo­ri­zada foi também a eli­mi­nação do Pa­ga­mento Es­pe­cial por Conta (PEC) e a re­dução do IVA da res­tau­ração, assim como a nova pres­tação de apoio aos de­sem­pre­gados e as me­didas de va­lo­ri­zação das longas car­reiras con­tri­bu­tivas.

O can­di­dato e de­pu­tado des­tacou uma outra me­dida im­por­tante para o dis­trito: «Ao fim de dé­cadas de luta dos tra­ba­lha­dores das pe­dreiras e de quase 15 anos de pro­postas da CDU apre­sen­tadas na As­sem­bleia da Re­pú­blica, foi fi­nal­mente apro­vada a pos­si­bi­li­dade de re­forma an­te­ci­pada dos tra­ba­lha­dores das pe­dreiras».

Foi também por acção da CDU que o Go­verno PS re­cuou nas ob­jec­ções re­la­tivas aos con­cursos de apoio às artes ou na aber­tura, no pró­ximo ao lec­tivo, do con­curso pro­fis­si­onal de artes do es­pec­tá­culo na Es­cola Se­cun­dária André de Gou­veia, em Évora.

Con­ti­nuar a in­tervir
No dia em que de­correu a apre­sen­tação, a CDU, a voz dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, ques­ti­onou o Go­verno sobre a pos­si­bi­li­dade de in­clusão de Vendas Novas na me­dida de re­dução do preço do passe dos trans­portes apli­cada na Área Me­tro­po­li­tana de Lisboa. Ainda esta se­mana será apro­vado o texto de uma re­so­lução para que o in­ves­ti­mento da li­gação fer­ro­viária Sines-Caia seja ple­na­mente apro­vei­tado no dis­trito de Évora.

PS in­vi­a­bi­liza so­lu­ções da CDU

«Não foi por falta de ini­ci­a­tiva ou pro­postas da CDU que muitos ou­tros pro­blemas fi­caram por re­solver. Foi a re­cusa das pro­postas da CDU pelo Go­verno PS que im­pediu que ti­vesse ha­vido so­lu­ções para pro­blemas que se man­ti­veram sem res­posta ou se agu­di­zaram», apontou João Oli­veira re­fe­rindo-se às li­mi­ta­ções que se mantêm ao trans­porte de do­entes não ur­gentes, ao en­cer­ra­mento das es­ta­ções dos CTT em Ar­rai­olos, Mora, Viana do Alen­tejo e Portel, ou à sus­pensão da cons­trução do IP2.

As crí­ticas es­ten­deram-se à cons­trução do novo Hos­pital Cen­tral Pú­blico do Alen­tejo, cuja cons­trução «não se ini­ciará até ao final da le­gis­la­tura». «Nem se­quer a ad­ju­di­cação da obra será feita até Ou­tubro e ve­remos ainda se pelo menos o con­curso chega mesmo a ser lan­çado», sa­li­entou o can­di­dato, con­si­de­rando uma «ver­gonha» que, «desde 2009, o PS e os seus go­vernos se li­mitem a fazer do novo hos­pital ar­gu­mento de pro­pa­ganda elei­toral para con­quistar votos, o que muito pro­va­vel­mente se pre­param para re­petir este ano».

Sobre este ponto, João Oli­veira as­sumiu o com­pro­misso de «fazer tudo o que es­tiver ao al­cance» da CDU, «não apenas no tempo que falta nesta le­gis­la­tura», mas «as­su­mindo no­va­mente a luta pela cons­trução do novo hos­pital» a partir de 6 de Ou­tubro.

Po­lí­tica al­ter­na­tiva
Quase a ter­minar, o de­pu­tado sa­li­entou que, também no dis­trito, «há al­ter­na­tiva» às «dé­cadas de po­lí­tica de di­reita», «é pos­sível in­verter a si­tu­ação de aban­dono e de­clínio e ga­rantir o seu de­sen­vol­vi­mento e o bem-estar das po­pu­la­ções» e «fazer re­gressar aqueles que par­tiram con­tra­ri­ados e criar con­di­ções para que aqui or­ga­nizem as suas vidas com con­fi­ança no fu­turo».

«Temos no dis­trito con­di­ções e po­ten­ci­a­li­dades que, de­vi­da­mente apro­vei­tadas, podem ser postas ao ser­viço da cri­ação de em­prego, do cres­ci­mento eco­nó­mico, da me­lhoria das con­di­ções de vida e do de­sen­vol­vi­mento. Temos na CDU as so­lu­ções para essa po­lí­tica nova, ver­da­dei­ra­mente al­ter­na­tiva, pa­trió­tica e de es­querda que ponha o dis­trito a pro­duzir, va­lo­rize os tra­ba­lha­dores, dis­tribua com jus­tiça a ri­queza criada, ga­ranta o bem-estar e os di­reitos de todos quantos cons­troem com o seu tra­balho o fu­turo da re­gião e do País», afirmou.

Apelou, fi­nal­mente, «a todos quantos têm sido atin­gidos pela po­lí­tica de di­reita para que usem essa força para mudar de po­lí­ticas» e de­sa­fiou «todos aqueles que se sentem en­ga­nados, traídos, de­si­lu­didos para que usem a arma do voto para trans­formar a sua vida».

Je­ró­nimo de Sousa cri­tica bónus de sete mi­lhões

Je­ró­nimo de Sousa cri­ticou o ne­gócio da compra do Sis­tema In­te­grado de Redes de Emer­gência e Se­gu­rança (SI­RESP), pelo Go­verno PS, que, desta forma, dá «um bónus de sete mi­lhões de euros» aos pri­vados (Al­tice e Mo­to­rola). Com re­feriu, o SI­RESP, que de­veria estar sob al­çada do Es­tado, está «to­tal­mente de­gra­dado», não tendo sido in­ves­tido «um cên­timo na sua ma­nu­tenção e mo­der­ni­zação».

«É um ser­viço que está re­du­zido a osso, como se ve­ri­ficou, aliás, com as dra­má­ticas con­sequên­cias dos in­cên­dios», apontou, acu­sando o Go­verno de só ser «so­mí­tico com os tra­ba­lha­dores, com os re­for­mados, com aqueles que lutam por uma vida me­lhor, por me­lhores sa­lá­rios, re­formas e pen­sões».

O Se­cre­tário-geral do PCP elo­giou, também, o tra­balho de­sen­vol­vido pelo de­pu­tado João Oli­veira e apelou ao re­forço da CDU nas pró­ximas elei­ções, porque as po­pu­la­ções do cír­culo elei­toral de Évora e os por­tu­gueses «pre­cisam de ter na As­sem­bleia da Re­pú­blica quem os de­fenda e quem conte para afir­mação e con­cre­ti­zação de um pro­jecto ver­da­dei­ra­mente al­ter­na­tivo para Por­tugal».

«É dando mais força à CDU, alar­gando a sua in­fluência po­lí­tica e elei­toral, que a cons­trução da al­ter­na­tiva e a con­cre­ti­zação da po­lí­tica al­ter­na­tiva fi­cará mais pró­xima. Nós par­timos para esta ba­talha con­victos de que é pos­sível avançar e fazer da CDU a grande força pro­pul­sora da mu­dança que o País pre­cisa», afirmou.

 



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