Maio de 1819 – Nasce o poeta Walt Whitman

Aprendiz de ti­pó­grafo, im­pressor, pro­fessor, editor e jor­na­lista, Walt Whitman ficou na his­tória dos EUA como o poeta dos ideais da Re­vo­lução Ame­ri­cana e na li­te­ra­tura uni­versal como o pre­cursor do verso livre. De­fensor da de­mo­cracia e dos di­reitos das mu­lheres, anti-ra­cista e so­li­dário com os mais des­fa­vo­re­cidos, Whitman aprendeu no nova-ior­quino bairro de Bro­o­klyn, onde cresceu, a tra­duzir em lin­guagem co­lo­quial o quo­ti­diano dos ex­cluídos, os seus so­nhos de igual­dade e de jus­tiça. Poeta da so­ci­e­dade in­dus­trial e da ci­dade, mas também da na­tu­reza, as­sume-se como de­fensor de uma so­ci­e­dade igua­li­tária, sendo com­pa­rado com o seu ho­mó­logo russo Vla­dimir Mai­a­kovski, par­ti­dário da Re­vo­lução russa e do so­ci­a­lismo. Em louvor de Whitman es­cre­veria Fer­nando Pessoa, nas­cido pelo ano em que morria o norte-ame­ri­cano, uma Sau­dação em que re­trata o ino­vador poeta como Cantor da fra­ter­ni­dade feroz e terna com tudo, / Grande de­mo­crata epi­dér­mico, con­tíguo a tudo em corpo e alma, / Car­naval de todas as ac­ções, ba­canal de todos os pro­pó­sitos / Irmão gémeo de todos os ar­rancos, / Jean-Jac­ques Rous­seau do mundo que havia de pro­duzir má­quinas. No seu Carpe Diem, Whitman deixou um con­selho que per­ma­nece ac­tual: Não per­mitas que a vida se passe sem teres vi­vido…