CGTP-IN em conferência da OIT

A CGTP-IN par­ti­cipou, no dia 18, em Ge­nebra, numa con­fe­rência in­se­rida nas co­me­mo­ra­ções do cen­te­nário da Or­ga­ni­zação In­ter­na­ci­onal do Tra­balho (OIT). Entre os par­ti­ci­pantes en­con­travam-se a pre­si­dente da As­sem­bleia-geral da ONU, dig­ni­tá­rios de vá­rios países e mem­bros de es­tru­turas sin­di­cais.

Na sua in­ter­venção, o Se­cre­tário-geral da CGTP-IN, Ar­ménio Carlos, re­alçou que a con­fe­rência po­deria «ser um marco se a De­cla­ração do cen­te­nário a aprovar es­tiver à al­tura das cir­cuns­tân­cias e novos de­sa­fios». Para que o es­teja, acres­centou, «não deve tratar por igual aquilo que é de­si­gual, ou seja, a re­lação de forças das em­presas, re­la­ti­va­mente aos tra­ba­lha­dores, en­quanto elo mais frágil na re­lação de tra­balho». Nem, tão pouco, «abrir portas à re­gressão la­boral, em nome da pro­tecção das “formas de tra­balho novas e emer­gentes”, que equi­para per­ver­sa­mente o tra­balho su­bor­di­nado ao tra­balho por conta pró­pria, para trans­formar tra­ba­lha­dores em em­pre­sá­rios nas es­ta­tís­ticas e em ex­plo­rados na vida real».

O que se impõe é, pelo con­trário, «ir mais além na dig­ni­fi­cação do tra­balho e na va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores, assim como na tran­sição justa para o fu­turo do tra­balho am­bi­en­tal­mente sus­ten­tável, com­ba­tendo no­me­a­da­mente o co­mércio de emis­sões como uma forma de mer­can­ti­li­zação da na­tu­reza». O tempo que vi­vemos, ga­rantiu Ar­ménio Carlos, «exige es­co­lhas trans­pa­rentes e ob­jec­tivas», que passem pelo pro­gresso, a jus­tiça so­cial e a va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores.

O Se­cre­tário-geral da Inter exortou ainda os par­ti­ci­pantes na con­fe­rência a as­so­ci­arem «as pa­la­vras aos actos», para que acabe a vi­o­lência no mundo do tra­balho e se ga­ranta no in­te­rior das em­presas uma efec­tiva li­ber­dade sin­dical, «ele­mento in­dis­so­ciável da con­cre­ti­zação do diá­logo so­cial e da ne­go­ci­ação da con­tra­tação co­lec­tiva».




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