CDU quer voltar a eleger no distrito de Leiria

OB­JEC­TIVO Com a in­di­cação de He­loísa Apo­lónia como pri­meira can­di­data pelo dis­trito de Leiria, a CDU quer voltar a eleger naquele cír­culo elei­toral, alar­gando o Grupo Par­la­mentar do PEV.

O dis­trito de Leiria pre­cisa de mais CDU

Com esta can­di­da­tura, en­ca­be­çada por uma das mais des­ta­cadas di­ri­gentes do Par­tido Eco­lo­gista «Os Verdes» (PEV), a CDU pre­tende, também, dar grande pri­o­ri­dade às ques­tões do de­sen­vol­vi­mento sus­ten­tável e da de­fesa do meio am­bi­ente, num dis­trito que foi alvo de duas das mai­ores tra­gé­dias am­bi­en­tais, eco­nó­micas, so­ciais e hu­manas do País: os in­cên­dios de Pe­drogão Grande e do pi­nhal de Leiria.

Mu­lher de com­bates
A apre­sen­tação pú­blica da ca­beça-de-lista acon­teceu, an­te­ontem, 2 de Junho, no Mer­cado de San­tana, em Leiria, e contou com a pre­sença de Je­ró­nimo de Sousa. Pre­sentes es­ti­veram também, entre ou­tros di­ri­gentes re­gi­o­nais e na­ci­o­nais dos dois par­tidos, Fi­lipe Ro­dri­gues (PCP), Ana Rita Car­va­lhais (PCP), André Mar­telo (PCP), Etel­vina Rosa (PCP), Sónia Co­laço (PEV), Ângelo Alves (PCP).

Antes das in­ter­ven­ções po­lí­ticas ac­tu­aram os «Eu­fonia», de Pombal, que apre­sen­taram um rico pa­tri­mónio cul­tural e mu­sical de Sicó, re­gião onde também se têm tra­vado im­por­tantes ba­ta­lhas, desde a luta pela me­lhoria dos sa­lá­rios até à de­fesa dos bal­dios, da pe­quena agri­cul­tura e do mundo rural.

Sobre He­loísa Apo­lónia, o Se­cre­tário-geral do PCP frisou que é «uma mu­lher que o País co­nhece pelo seu em­penho, energia, cri­a­ti­vi­dade, co­e­rência e con­fi­ança com que abraça as causas, ob­jec­tivos e ideias por que se bate desde a sua ju­ven­tude».

«Uma mu­lher de muitos e di­ver­si­fi­cados com­bates, uma das mais res­pei­tadas e con­cei­tu­adas per­so­na­li­dades do mo­vi­mento eco­lo­gista em Por­tugal», des­tacou, sem es­quecer que é «um dos prin­ci­pais rostos» do PEV e uma «pres­ti­giada de­pu­tada, in­can­sável na de­fesa do meio am­bi­ente e dos re­cursos na­tu­rais, abra­çando sempre a pers­pec­tiva de que a de­fesa dos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, dos di­reitos so­ciais e la­bo­rais, do di­reito ao de­sen­vol­vi­mento so­be­rano, são al­guns dos ele­mentos cen­trais que podem con­fluir para uma rup­tura com o sis­tema de ex­plo­ração e de di­ta­dura do lucro que é a razão de fundo da de­gra­dação am­bi­ental e dos graves pro­blemas com que os povos e a Hu­ma­ni­dade estão con­fron­tados».

Re­cu­perar o de­pu­tado
Je­ró­nimo de Sousa as­sumiu como ob­jec­tivo «re­cu­perar», para «os tra­ba­lha­dores e as po­pu­la­ções do dis­trito de Leiria», o de­pu­tado, eleito pela CDU, «per­dido no final dos anos 80 (do sé­culo pas­sado) pela im­po­sição da re­dução do nú­mero de de­pu­tados por este dis­trito».

De se­guida, res­pondeu às «vozes pre­o­cu­padas» com o risco de a As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) deixar de poder contar na pró­xima le­gis­la­tura com He­loísa Apo­lónia. «Re­gis­tamos o elogio, em­bora tardio e hi­pó­crita, pois são os mesmos que pas­saram anos a ca­ri­ca­turar, a apoucar e a si­len­ciar a va­liosa in­ter­venção do PEV na AR», acusou, acres­cen­tando: «Essas ma­ni­pu­la­ções têm uma razão de ser: tentar im­pedir o re­forço da CDU aqui em Leiria e no País».

«É ao povo do dis­trito de Leiria e só a ele que com­pe­tirá de­cidir se a agora pri­meira can­di­data da CDU se man­terá como de­pu­tada da AR, certos que se assim de­ci­direm, os seus in­te­resses e di­reitos serão res­pei­tados e de­fen­didos em me­lhores con­di­ções», as­se­gurou o Se­cre­tário-geral do PCP.

Pro­postas para o País
Tendo em conta que para a CDU o «de­sen­vol­vi­mento do País é in­se­pa­rável da ele­vação das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo», bem como «dos seus di­reitos», Je­ró­nimo de Sousa acen­tuou a ne­ces­si­dade de se «avançar», entre muitas ou­tras me­didas, com «um au­mento sig­ni­fi­ca­tivo do sa­lário médio, o au­mento do sa­lário mí­nimo na­ci­onal para os 850 euros e a con­ver­gência pro­gres­siva com a média sa­la­rial da zona Euro».

«Um au­mento de sa­lá­rios que tem de ser acom­pa­nhado do au­mento das re­formas e pen­sões, as­su­mindo a CDU, desde já, o com­pro­misso de propor e se bater para que na pró­xima le­gis­la­tura as re­formas e pen­sões te­nham um au­mento mí­nimo de 40 euros», re­clamou.

Je­ró­nimo de Sousa avançou com ou­tras pro­postas, que passam por uma justa po­lí­tica fiscal; pri­o­ri­dade ao in­ves­ti­mento pú­blico; um pro­grama de fi­nan­ci­a­mento dos ser­viços pú­blicos e das fun­ções so­ciais do Es­tado; pla­ni­fi­cação e gestão cri­te­riosa dos re­cursos na­tu­rais; novo rumo para a Jus­tiça.

He­loísa Apo­lónia pede mais força para levar o País para a frente

Na ci­dade do Lis e pe­rante uma pla­teia de mais de duas cen­tenas de pes­soas, He­loísa Apo­lónia ga­rantiu que vai dis­po­ni­bi­lizar a sua «vasta ex­pe­ri­ência par­la­mentar» para ser a «porta-voz» na AR dos «pro­blemas e ne­ces­si­dades das po­pu­la­ções do dis­trito» e «ba­ta­lhar» pela sus­ten­ta­bi­li­dade do ter­ri­tório. Mais, «pro­ponho-me usar esta in­tensa ex­pe­ri­ência par­la­mentar para con­tri­buir para o en­contro de so­lu­ções, justas e efi­cazes, no sen­tido de ga­rantir me­lhores pa­drões de vida, so­ciais e am­bi­en­tais», as­se­gurou.

Na sua in­ter­venção, a can­di­data re­feriu que um dos pro­blemas do dis­trito é o «des­po­vo­a­mento», so­bre­tudo na zona do pi­nhal in­te­rior Norte. As res­pon­sa­bi­li­dades re­caem para «op­ções po­lí­ticas de dé­cadas», acen­tu­adas por «me­didas pro­fun­da­mente ne­fastas» to­madas pelo an­te­rior go­verno PSD/​CDS, que le­varam «ao aban­dono de ac­ti­vi­dades pro­du­tivas e à emi­gração for­çada de muitos jo­vens», acusou.

O «es­va­zi­a­mento do mundo rural é sempre um factor com im­pli­ca­ções di­rectas na gestão flo­restal, po­ten­ci­ando a acu­mu­lação de grandes cargas de com­bus­tível nos es­paços rús­ticos», con­ti­nuou He­loísa Apo­lónia, cons­ta­tando que a «pro­funda ex­pansão das bru­tais mo­no­cul­turas de eu­ca­lipto» formou «um ab­so­luto ras­tilho para os fogos flo­res­tais». Para isso con­tri­buiu a lei da li­be­ra­li­zação do eu­ca­lipto da então mi­nistra As­sunção Cristas.

Outro obs­tá­culo para o dis­trito é a linha fer­ro­viária do Oeste, um dos «in­ves­ti­mentos eter­na­mente adi­ados» pelo ac­tual Go­verno, que «quer fazer bo­nito para Bru­xelas» em vez de «atender às ne­ces­si­dades do País e da po­pu­lação».

«O trans­porte fer­ro­viário é de­ter­mi­nante para o com­bate às al­te­ra­ções cli­má­ticas. Pre­ci­samos de in­ves­ti­mento nas es­tru­turas e equi­pa­mentos, no ma­te­rial cir­cu­lante e de mais tra­ba­lha­dores para a re­pa­ração do ma­te­rial e para o fun­ci­o­na­mento do ser­viço», re­clamou a can­di­data.

No dia 14 de Julho, Je­ró­nimo de Sousa e He­loísa Apo­lónia es­tarão na Festa de Verão que a CDU vai re­a­lizar, a partir das 10h30, na Foz do Arelho (mar­gens da lagoa, junto ao Pe­nedo Fu­rado). O mo­mento conta com a mú­sica de Carlos Vi­cente.

 



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