Mais CDU para desbravar os caminhos da igualdade

PAS­SEIO Afir­mação, so­li­da­ri­e­dade, ale­gria e luta dis­tin­guem o 30.º Pas­seio das Mu­lheres CDU do Porto, re­a­li­zado no do­mingo, 7 de Julho, em Ca­dima, Can­ta­nhede. Con­tando com a par­ti­ci­pação de Je­ró­nimo de Sousa e Diana Fer­reira, este dia de festa e de con­vívio foi mar­cado pela dis­po­sição em levar por di­ante o voto na CDU, a força im­pres­cin­dível para pros­se­guir a con­quista e a re­cu­pe­ração de di­reitos.

O Pas­seio das Mu­lheres do Porto já vai na 30.ª edição

Quem che­gasse à Praia Flu­vial dos Olhos da Fer­vença de­certo fi­caria ad­mi­rado ao vê-la tão fes­tiva. Mesas postas ou to­a­lhas na relva, pe­tisco feito em casa ou pela or­ga­ni­zação, mer­gu­lhos na água ou con­versas em terra, dança ca­den­ciada ao ritmo do con­junto mu­sical ou apontar da malha no po­pular jogo. De­pois, sur­pre­ender-se-ia pelas con­versas nas quais emergia a afir­mação po­lí­tica e o com­pro­misso quo­ti­diano pelos di­reitos. De todos.

Cum­prindo 30 edi­ções, o Pas­seio marcou, assim, a cam­panha do Porto, quando avançar é pre­ciso e dar mais força à CDU também, por todo o País e na Emi­gração, en­chendo o apra­zível es­paço e nem os co­mer­ci­antes lo­cais des­can­saram até co­meçar o co­mício.

Di­ri­gido por Fá­tima Al­meida, no co­mício in­ter­vi­eram Diana Fer­reira e Je­ró­nimo de Sousa, tendo ao lado re­pre­sen­tantes da Co­missão de Or­ga­ni­zação da Fre­guesia de Ca­dima, da CDU na As­sem­bleia Mu­ni­cipal do Porto, da Con­ce­lhia de Can­ta­nhede e da Or­ga­ni­zação Re­gi­onal do Porto do PCP.

«Ini­ci­a­tiva com traços pro­fun­da­mente de cariz po­pular e uni­tário, cuja par­ti­ci­pação é bem mais ampla do que as or­ga­ni­za­ções da ci­dade do Porto do PCP e da CDU, per­mite a in­ter­venção po­lí­tica de olhos postos no fu­turo, no re­forço da luta pela me­lhoria das con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo», disse Fá­tima Al­meida, «agra­de­cendo à Junta de Fre­guesia de Ca­dima e tra­ba­lha­dores, bem como aos mú­sicos que con­tri­buíram para a ale­grar mais».

Avanços e a luta que pros­segue
Diana Fer­reira, de­pu­tada do PCP na As­sem­bleia da Re­pú­blica (AR) e pri­meira da lista da CDU pelo dis­trito do Porto às pró­ximas Le­gis­la­tivas saudou «as mu­lheres que com a sua luta diária des­bravam ca­mi­nhos para que a igual­dade possa ser re­a­li­dade todos os dias» onde «falta cum­prir muito do que foi con­quis­tado e está plas­mado em lei» como o di­reito à ma­ter­ni­dade, ao acom­pa­nha­mento do cres­ci­mento e de­sen­vol­vi­mento dos fi­lhos.

«Temos re­a­li­dades que exem­pli­ficam muito bem a dis­cri­mi­nação e a in­jus­tiça vi­vida pelas mu­lheres: tra­ba­lham 10 e 12 horas por dia, ga­nham sa­lá­rios de mi­séria, so­frem e com­batem dis­cri­mi­na­ções sa­la­riais di­rectas e in­di­rectas, re­sistem a re­pres­sões e a chan­ta­gens, a in­ti­mi­da­ções e as­sédio moral nos lo­cais de tra­balho, tra­ba­lham por turnos, aos sá­bados, aos do­mingos e aos fe­ri­ados sem com­pen­sa­ções sa­la­riais e tempo de des­canso (…), re­for­madas com baixas pen­sões ou porque os sa­lá­rios de uma vida foram baixos ou porque a vida não lhes per­mitiu tra­ba­lhar e a pensão re­ce­bida é também ela uma baixa pres­tação, e jo­vens que não con­se­guem pla­near ou cons­truir a sua vida porque o vín­culo de tra­balho é pre­cário, o sa­lário baixo e a ha­bi­tação cara.»

Je­ró­nimo de Sousa, Se­cre­tário-geral do PCP, in­ter­veio afir­mando o Pas­seio como «exemplo con­creto do valor que atri­buímos à par­ti­ci­pação das mu­lheres e à luta pela igual­dade e eman­ci­pação so­cial». A poucos meses das elei­ções de Ou­tubro, re­gistou o alto valor dado ao «ca­minho que foi pos­sível tri­lhar nesta nova fase da vida po­lí­tica na­ci­onal» no­tando «que o PCP e a CDU não «des­per­di­çaram ne­nhuma opor­tu­ni­dade de re­po­sição de ren­di­mentos e de di­reitos e por isso é im­por­tan­tís­simo dar mais força à CDU para as­se­gurar os avanços ne­ces­sá­rios».

Há quatro anos...

Em 2015, re­cordou o Se­cre­tário-geral, travou-se uma «ba­talha im­por­tante: em pri­meiro lugar fomos ca­pazes de dar uma con­tri­buição de­ci­siva para uma si­tu­ação po­lí­tica nova afas­tando o go­verno PSD e CDS que tão mal­tra­taram o povo por­tu­guês. Demos essa con­tri­buição, mas não fi­cámos por aí. Avan­çámos com pro­postas, con­si­de­rámos im­por­tante repor di­reitos e ren­di­mentos dos tra­ba­lha­dores e do povo. E assim o fi­zemos, muitas vezes contra a von­tade do pró­prio PS e do seu Go­verno».

Após re­alçar que «foram tantos e tantos avanços» só foram pos­sí­veis porque «com o vosso voto há quatro anos con­tri­buíram» para a CDU ter mais força, Je­ró­nimo de Sousa es­cla­receu o que vol­tará a estar em causa a 6 de Ou­tubro: «Vamos eleger 230 de­pu­tados e serão esses 230 de­pu­tados que vão de­cidir que go­verno, que pro­grama e que po­lí­tica». E «quando vos vi­erem com a can­tiga “– Eu até vo­tava em vocês, mas vocês não ga­nham.” Quem disse? Ga­nhamos. Por cada de­pu­tado a mais que ele­germos, mais força temos para con­se­guir esta po­lí­tica de avanço e de con­quista».

«Es­tra­gámos-lhe a festa. Eles pen­savam que iam ser mais quatro anos de po­lí­tica de des­truição para acabar com o resto», ata­cando a Se­gu­rança So­cial, onde que­riam «cortar 600 mi­lhões de euros (…), pri­va­tizar» o que fal­tava, atingir o Ser­viço Na­ci­onal de Saúde, pen­savam isso tudo, e es­tra­gámos-lhe a festa. E por isso quando ou­vimos muitas vezes o ataque des­ca­be­lado ao PCP e à CDU, às vezes fi­camos in­dig­nados, mas lá no fundo temos de dizer que têm razão de queixa por que fomos nós com a nossa pro­posta, a nossa in­ter­venção, que de­ci­dimos do ca­minho da nova so­lução po­lí­tica» e que demos «o des­gosto que o grande ca­pital tem neste mo­mento de ver esta po­lí­tica re­a­li­zada.»




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