PCP rejeita candidata «do consenso» à presidência da Comissão Europeia

LUTA João Fer­reira ex­plicou no Par­la­mento Eu­ropeu por que razão o PCP se opõe à eleição de Ur­sula Von der Leyen para a pre­si­dência da Co­missão Eu­ro­peia e fê-lo pe­rante a pró­pria, no dia 16.

Ur­sula Von der Leyen de­fende o mesmo rumo que tem sido se­guido na UE

O de­pu­tado co­mu­nista co­meçou por sa­li­entar que a can­di­data oriunda do par­tido de An­gela Merkel «re­pre­senta o con­senso que há dé­cadas de­ter­mina o rumo da União Eu­ro­peia».

E que con­senso é esse? O das «de­si­gual­dades entre países»; «do ni­ve­la­mento por baixo das con­di­ções de vida e de tra­balho na Eu­ropa»; «do grande ca­pital e das grandes po­tên­cias, que sa­cri­fica os sis­temas pro­du­tivos mais dé­beis, o am­bi­ente e os di­reitos so­ciais em prol do lucro das mul­ti­na­ci­o­nais»; «das pri­va­ti­za­ções, do ataque aos ser­viços pú­blicos, das ame­aças e das san­ções a Es­tados so­be­ranos»; «do mi­li­ta­rismo e da guerra».

Face a isto, ga­rantiu João Fer­reira, «a Eu­ropa do pro­gresso, da jus­tiça so­cial, da de­fesa do am­bi­ente, da de­mo­cracia, da so­li­da­ri­e­dade, da paz e da co­o­pe­ração, esta Eu­ropa não nas­cerá deste con­senso». É por todas estas ra­zões que, con­cluiu, Ur­sula Von der Leyen con­taria, para ser eleita, «com os mesmos de sempre», mas não com «todos aqueles que lutam por esta outra Eu­ropa».

Res­postas es­cla­re­ce­doras
No pas­sado dia 11, Sandra Pe­reira tinha já in­ter­pe­lado Ur­sula von der Leyen aquando da sua apre­sen­tação no Grupo Con­fe­deral GUE/​NGL no Par­la­mento Eu­ropeu. As ques­tões co­lo­cadas pela de­pu­tada do PCP cen­traram-se nas re­centes re­co­men­da­ções feitas pela Co­missão Eu­ro­peia a Por­tugal que, uma vez mais, in­siste nos cortes nos ser­viços pú­blicos, no de­sin­ves­ti­mento pú­blico e em li­mi­ta­ções ao de­sen­vol­vi­mento do País, in­dica uma nota do Ga­bi­nete de Im­prensa dos de­pu­tados do PCP no PE.

Sobre o pró­ximo quadro fi­nan­ceiro plu­ri­a­nual da União Eu­ro­peia (UE), foi ques­ti­o­nada a opção pelo au­mento das des­pesas para o mi­li­ta­rismo ao mesmo tempo que se corta nos fundos para a co­esão eco­nó­mica e so­cial, man­tendo-se a di­ver­gência entre países da UE, atin­gindo par­ti­cu­lar­mente países como Por­tugal.

Pelas suas res­postas, ficou claro que a can­di­data a pre­si­dente da Co­missão Eu­ro­peia in­siste no apro­fun­da­mento das po­lí­ticas da UE que já de­mons­traram ser gra­vosas para os tra­ba­lha­dores e os povos.

 



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