Visitas ao Museu Nacional da Resistência e da Liberdade

CUL­TURA A União de Re­sis­tentes An­ti­fas­cistas Por­tu­gueses (URAP) está a acom­pa­nhar – a pe­dido das or­ga­ni­za­ções e en­ti­dades in­te­res­sadas – as vi­sitas à 1.ª fase do Museu Na­ci­onal da Re­sis­tência e da Li­ber­dade, em Pe­niche.

Um dos mais im­por­tantes mu­seus na­ci­o­nais do nosso País

As vi­sitas – com a pre­sença de ex-presos po­lí­ticos e di­ri­gentes da URAP, que servem de guias – abordam a his­tória da For­ta­leza de Pe­niche ao longo de cinco sé­culos, com ên­fase na uti­li­zação do es­paço como prisão po­lí­tica do re­gime fas­cista, entre 1934 e 1974.

Na ac­tual fase de ins­ta­lação do Museu, inau­gu­rado no pas­sado dia 25 de Abril, as vi­sitas dis­tri­buem-se por cinco es­paços dis­tintos. No «Me­mo­rial aos presos po­lí­ticos», onde se fala do re­gime pri­si­onal então exis­tente ao longo dos anos, são ho­me­na­ge­ados os 2510 presos po­lí­ticos que pas­saram pelo Forte de Pe­niche.

Outro dos pontos de in­te­resse é o «Par­la­tório», onde de­cor­riam as vi­sitas com os fa­mi­li­ares e se fala das lutas pri­si­o­nais e da so­li­da­ri­e­dade para com os presos po­lí­ticos, in­cluindo a do povo de Pe­niche. Na «Ca­pela de Santa Bár­bara» está ex­posto o his­to­rial da For­ta­leza e no «Fortim Re­dondo» ou «Se­gredo», onde eram cum­pridos cas­tigos, são con­tadas as fugas da­quele pre­sídio fas­cista, com des­taque para a au­da­ciosa fuga co­lec­tiva de 3 de Ja­neiro de 1960, onde se in­cluía Álvaro Cu­nhal, e de Dias Lou­renço, ati­rando-se ao mar (1954).

Por úl­timo, des­taque para a ex­po­sição «Por teu livre pen­sa­mento», com bas­tante do­cu­men­tação (ali ex­posta até serem con­cluídas as obras de cons­trução e adap­tação ainda de­cor­rentes) sobre a re­pressão do re­gime fas­cista e das lutas pelo seu der­ru­ba­mento, as guerras de li­ber­tação das co­ló­nias por­tu­guesas e o 25 de Abril de 1974, com pro­jecção de slides/​ví­deos.

No pas­sado dia 14, José Pedro So­ares, da di­recção da URAP e ex-preso po­lí­tico, li­derou um grupo de mi­li­tantes e amigos do PCP de Al­ca­nena, no dis­trito de San­tarém. Dias antes, 30 de Junho, cerca de uma cen­tena de pes­soas das fre­gue­sias do La­ran­jeira e Feijó, Al­mada, vi­sitou o Museu, acom­pa­nhados por Ade­lino Pe­reira da Silva e Fran­cisco Braga, do Con­selho Na­ci­onal da URAP, e Mário Araújo, do Con­selho Fiscal.

Ade­lino Pe­reira da Silva par­ti­cipou ainda nas vi­sitas pro­mo­vidas pelos co­mu­nistas de Tomar (13 de Julho), Nelas, Ur­gei­riça (21 de Julho) e Rio de Mouro (22 de Junho).

 



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