Após 12 dias de pro­testos de massas, o go­ver­nador de Porto Rico, Ri­cardo Ros­selló, de­mitiu-se do cargo na noite de 24 de Julho, com efeito a partir do dia 2 de Agosto. O anúncio foi feito através da In­ternet quando uma mul­tidão exigia a sua re­núncia, en­chendo as ruas à volta de La For­ta­leza, sede do go­verno, em San Juan. A de­missão se­guiu-se a uma greve na­ci­onal e a grandes ma­ni­fes­ta­ções po­pu­lares, com des­taque para uma con­cen­tração na ca­pital, no dia 22, que juntou mais de meio mi­lhão de pes­soas. Ros­selló foi eleito em fi­nais de 2016, en­trou em fun­ções no início do ano se­guinte e viu-se en­vol­vido em casos de cor­rupção e es­cân­dalos. Deixa como «he­rança» uma crise eco­nó­mica, a im­po­sição da Junta de Su­per­visão Fiscal apro­vada pelo Con­gresso norte-ame­ri­cano, e a de­vas­tação pro­vo­cada pelo fu­ração Maria, em Se­tembro de 2017. A sua re­núncia é uma de­cisão sem pre­ce­dentes em Porto Rico e ocorre pre­ci­sa­mente 121 anos de­pois de a ilha ter sido in­va­dida pelos EUA, que a mantêm sob do­mínio co­lo­nial.