Séc. XIV – Forte da Ínsua

O Forte da Ínsua, ao largo da barra da vila de Ca­minha, no Alto Minho, tem a par­ti­cu­la­ri­dade de estar im­plan­tado num ilhéu, de in­te­grar no es­paço in­tra­muros um con­vento e de pos­suir um poço de água doce, coisa rara em pleno mar – são co­nhe­cidos apenas três em todo o mundo. Man­dado cons­truir por ordem de D. João I, o forte ori­ginal, de que nada resta, não foi a pri­meira es­tru­tura le­van­tada na ilha: a pri­mazia cabe a uma co­mu­ni­dade fran­cis­cana de Frades Me­nores di­ri­gidos por frei Diogo Arias, que aí edi­ficou um ce­nóbio em 1392. Cerca de um sé­culo de­pois, o con­vento re­cebeu a vi­sita de D. Ma­nuel I, em pe­re­gri­nação a San­tiago de Com­pos­tela, que terá or­de­nado obras de re­mo­de­lação para au­mentar a efi­cácia ar­ti­lheira da for­ta­leza, ne­ces­sária para se de­fender dos fre­quentes ata­ques de cor­sá­rios in­gleses e fran­ceses, mas o forte como hoje existe é fruto da re­mo­de­lação le­vada a cabo no rei­nado de D. João IV, no âm­bito da re­forma das for­ta­lezas cos­teiras na­ci­o­nais. Du­rante as In­va­sões Fran­cesas (entre 1807 e 1810) o forte foi ocu­pado por tropas es­pa­nholas e fran­cesas. A partir de 1834, com a ex­tinção das or­dens re­li­gi­osas, o local fica ex­clu­si­va­mente ocu­pado pelo Exér­cito. Está clas­si­fi­cado como mo­nu­mento na­ci­onal.