Os Ho­mens da Cor do Si­lêncio, do cu­bano Al­berto Mo­lina, é o mais re­cente lan­ça­mento das Edi­ções Avante!. Trata-se de um ro­mance po­li­cial di­vi­dido em dois «li­vros», que cons­ti­tuem dois com­passos, ou duas faces, da mesma moeda, per­fei­ta­mente equi­li­bradas: pri­meiro, a pre­pa­ração mi­nu­ciosa de uma sa­bo­tagem por agentes da Agência Cen­tral de In­for­ma­ções norte-ame­ri­cana, a CIA; e, se­gundo, a acção pa­ra­lela de­sen­vol­vida pelo De­par­ta­mento de Se­gu­rança do Es­tado cu­bano para frus­trar o aten­tado e cap­turar os sa­bo­ta­dores.

Os Ho­mens da Cor do Si­lêncio des­tacou-se nos anos 70 do sé­culo pas­sado como uma das obras for­ma­doras da es­té­tica do ro­mance po­li­cial cu­bano. Este es­tilo li­te­rário teve grande im­pacto como ins­tru­mento ide­o­ló­gico na for­mação de re­vo­lu­ci­o­ná­rios, fa­zendo frente ao im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano.

Al­berto Mo­lina nasceu em Santa Clara, Cuba, em 1949. Par­ti­cipou na Cam­panha de Al­fa­be­ti­zação, per­tenceu ao Exér­cito, foi pro­fessor, di­ri­gente sin­dical e actor. Em 1986 criou, jun­ta­mente com Ro­dolfo Pérez Va­lero, a re­vista Enigma, es­pe­ci­a­li­zada em po­li­ciais, e foi membro fun­dador da As­so­ci­ação In­ter­na­ci­onal de Es­cri­tores Po­li­ciais. Este foi o seu pri­meiro livro, com o qual ga­nhou em 1975 o Con­curso Ani­ver­sario del Triunfo de la Re­vo­lu­ción, de ro­mances po­li­ciais, or­ga­ni­zado pelo Mi­nis­tério do In­te­rior de Cuba.

Este é o 15.º tí­tulo da Bi­bli­o­teca Avante!, que reúne obras li­te­rá­rias de di­versas pro­ve­ni­ên­cias e es­tilos, pro­fun­da­mente com­pro­me­tidas com a luta dos tra­ba­lha­dores e dos povos pela paz, a de­mo­cracia e o so­ci­a­lismo.