Carências e potencialidades das maternidades
Durante a última quinzena de Julho várias pacientes puérperas da Maternidade Daniel de Matos foram transferidas para a Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Geral (Covões), regressando depois à unidade de origem com condições para ter alta clínica. O Organismo de Direcção de Coimbra do PCP da Administração Pública Central lembra que estas transferências – que contrariam a «habitual orientação» para o pólo dos Hospitais Universitários de Coimbra (HUC) – ocorreram durante o período em que a Medicina Intensiva deste pólo teve a sua capacidade de resposta reduzida por se encontrar em manutenção e sem que a equipa de Cuidados Intensivos do Hospital dos Covões tenha sido reforçada.
Para o Partido, esta situação deixou evidente que as maternidades actualmente em funcionamento «não conseguem garantir a prestação de cuidados intensivos a pacientes com diferentes quadros clínicos de risco», pelo que se impõe não só uma melhor articulação com um hospital geral como a sua dotação com equipamentos modernos e os recursos humanos necessários à melhoria do serviço, até que se conclua a construção da nova Maternidade. Ao mesmo tempo, realça, revelou que o Hospital dos Covões tem «capacidade de prestar cuidados diferenciados a situações de risco». Assim, concluem os comunistas, é «essencial reverter o processo de fusão, concentração e subdimensionamento das unidades que integram o CHUC; revitalizar o Hospital dos Covões e impedir o desmantelamento de serviços em curso; avançar de forma célere com o processo de instalação da nova Maternidade no Hospital Geral dos Covões, de modo a garantir a prestação de cuidados de qualidade».