RESPONSABILIDADE O PCP expressou «solidariedade com os povos dos países afectados» pelos incêndios na Amazónia, em particular às populações que habitam aquela floresta.
LUSA
«Os grandes incêndios na Amazónia são um dramático exemplo de como o modo de produção capitalista apenas considera e privilegia, seja face à natureza, como à sociedade, o objectivo do lucro», refere o Partido, em nota do seu Gabinete de Imprensa.
No documento – divulgado anteontem – acentua-se que «a destruição da Amazónia não começou agora». «Há muito que as multinacionais e outros grupos económicos disputam os recursos da Amazónia, com expressão nos planos económico, político e geoestratégico, aprofundando a sua apropriação da terra, das matérias-primas, dos recursos extraídos da natureza», acusam os comunistas, salientando que estes «objectivos» encontram no governo brasileiro, dirigido por (Jair) Bolsonaro, «programas ultraliberais que dão rédea solta e potenciam a sanha do grande capital e dos grupos económicos do agro-negócio em abocanhar as grandes riquezas naturais».
O PCP defende que «a necessidade de cooperação e ajuda internacionais não deve legitimar quem tem pretensões de favorecer planos e processos de domínio económico e formas de transferência de custos para os povos do mundo, apagando responsabilidades do modo de produção capitalista na degradação ambiental».