As subvenções mensais vitalícias para antigos titulares de cargos políticos, de que tanto se tem falado nestes dias, foram criadas em 1985 pela mão do governo do chamado Bloco Central (PS/PSD), era Mário Soares primeiro-ministro. O PCP votou contra e desde então propôs várias vezes a sua eliminação.
Em 2005, por exemplo, PS e PSD chumbaram a proposta do PCP, a qual entre outros aspectos, pretendia a eliminação imediata destas subvenções e do subsídio de reintegração, sem qualquer regime de transição. Aprovada foi a eliminação destes privilégios, mas com um «regime de transição» abrangendo os que então reuniam as condições necessárias para os requerer. Em 2013, pela mão do governo PSD/CDS foram cortadas algumas subvenções em pagamento, com o estabelecimento de um limite de acumulação com outros rendimentos. Dois anos depois, o PCP voltou a propor a sua eliminação, à qual se opuseram PS, PSD e CDS.
Destes factos depreende-se que, ao contrário do que se procura fazer crer, os partidos não são «todos iguais»: o PCP sempre foi contra existência destes privilégios e tem proposto reiteradamente a sua eliminação, defendendo ainda a publicitação da lista dos titulares. Os eleitos comunistas cumprem os compromissos assumidos com os eleitores e exercem as suas funções institucionais orientados pela defesa dos interesses das populações e de forma desinteressada: o Partido defende e pratica o princípio de que os seus eleitos não devem ser financeiramente beneficiados ou prejudicados pelo exercício presente ou passado de cargos públicos.
Assim, o valor que é recebido é posto integralmente à disposição da luta do Partido em defesa dos trabalhadores e do povo.