FESTA DÁ MAIS FORÇA E CONFIANÇA

«Há ra­zões para uma acção de­ter­mi­nada e con­fi­ante»

A Festa do Avante foi um grande êxito po­lí­tico, cul­tural e in­ter­na­ci­o­na­lista de grande al­cance, cuja va­lo­ri­zação e pro­jecção tem um sig­ni­fi­cado ainda maior no quadro de si­len­ci­a­mento e de des­va­lo­ri­zação a que foi re­me­tida e que in­cluiu até a pro­moção de ou­tros eventos di­ri­gidos para con­cor­rerem com ela.

A Festa re­a­lizou-se, de facto, num am­bi­ente de tran­qui­li­dade, ale­gria e con­fi­ança; numa ad­mi­rável ex­pressão cri­a­tiva que se ma­ni­festou nos es­pec­tá­culos de mú­sica, te­atro, ci­nema, na ci­ência, no des­porto, no livro, no disco, no ar­te­sa­nato e na gas­tro­nomia. A festa as­sumiu uma forte di­mensão po­lí­tica ma­te­ri­a­li­zada nos de­bates, nas ex­po­si­ções – com des­taque para a que se de­sen­volveu em torno dos «Va­lores de Abril no fu­turo de Por­tugal» bem como a que tratou o tema «Cor­tiça, do mon­tado até ao cosmos» – no seu fun­ci­o­na­mento geral, no Acto de Aber­tura e no Co­mício.

A Festa contou também com a par­ti­ci­pação ac­tiva de nu­me­rosas de­le­ga­ções de par­tidos co­mu­nistas e ou­tras or­ga­ni­za­ções re­vo­lu­ci­o­ná­rias e pro­gres­sistas dos quatro cantos do mundo, que en­ri­que­ceram a Festa com a sua pre­sença e com o tes­te­munho da luta dos seus povos.

Foi uma festa, como re­feriu Je­ró­nimo de Sousa no co­mício, «criada com o tra­balho e com a arte, os dois ele­mentos cons­tru­tores da hu­ma­ni­dade e que estão in­dis­so­ci­a­vel­mente li­gados à iden­ti­dade da nossa Festa do Avante!». «Uma festa – su­bli­nhou o Se­cre­tário-geral do PCP – er­guida com o es­forço mi­li­tante de um grande co­lec­tivo que, ao mesmo tempo que põe de pé esta ini­gua­lável ini­ci­a­tiva po­lí­tica e cul­tural, este es­paço dos va­lores da fra­ter­ni­dade, da paz, da ami­zade, da so­li­da­ri­e­dade in­ter­na­ci­o­na­lista, da de­mo­cracia e do so­ci­a­lismo, está na luta e dá res­posta às mais exi­gentes ta­refas, nas mais di­versas frentes, cum­prindo o seu papel na de­fesa dos in­te­resses dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País. Como está pronto para travar com con­fi­ança a ba­talha das elei­ções le­gis­la­tivas que são já daqui a menos de um mês».

Foi mais uma vez uma Festa de sin­gular ex­pressão da iden­ti­dade e da acção do Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês, pro­fun­da­mente en­rai­zada nos tra­ba­lha­dores, na ju­ven­tude e no povo por­tu­guês.

A Festa re­pre­sentou também um grande im­pulso à afir­mação do PCP e do seu pro­jecto e um im­por­tante ar­ranque para a cam­panha elei­toral que se apro­xima re­a­fir­mando e pro­jec­tando a men­sagem que im­porta ter pre­sente: «Avançar é pre­ciso!, andar para trás não. Mais força à CDU».

A Festa do Avante! foi, por isso, uma po­de­rosa ma­ni­fes­tação de con­fi­ança de que, pelo re­forço da CDU em votos e de­pu­tados, é pos­sível avançar com so­lu­ções para os pro­blemas do País, é pos­sível outra po­lí­tica, a po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, é pos­sível ga­rantir um País que co­manda o seu des­tino, um povo que cons­trói o seu fu­turo.

Foi neste quadro que Je­ró­nimo de Sousa, vi­sitou an­te­ontem a Auto-Eu­ropa e con­tactou com os tra­ba­lha­dores, a quem lem­brou que são o PCP e a CDU que de­fendem uma po­lí­tica que dá cen­tra­li­dade à va­lo­ri­zação do tra­balho e dos tra­ba­lha­dores como parte in­te­grante da po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda que, no âm­bito do seu pro­grama elei­toral, levou o PCP a anun­ciar re­cen­te­mente um con­junto de me­didas ur­gentes com so­lu­ções para o País.

Des­taca-se neste do­mínio o au­mento geral dos sa­lá­rios para todos os tra­ba­lha­dores, com um sig­ni­fi­ca­tivo au­mento do sa­lário médio, a va­lo­ri­zação das pro­fis­sões e das car­reiras e a ele­vação do sa­lário mí­nimo para 850 euros no sector pú­blico e no sector pri­vado.

Des­taca-se de igual modo o au­mento real das re­formas, com um au­mento mí­nimo de 40 euros ao longo da le­gis­la­tura e um mí­nimo de 10 euros a partir de Ja­neiro de 2020, bem como o a ga­rantia do di­reito à re­forma por in­teiro e sem pe­na­li­za­ções com 40 anos de des­conto e a re­po­sição da idade de re­forma aos 65 anos.

Des­taca-se a re­vo­gação das normas gra­vosas da Le­gis­lação La­boral, no­me­a­da­mente quanto à ca­du­ci­dade da con­tra­tação co­lec­tiva, à des­re­gu­lação dos ho­rá­rios e à pre­ca­ri­e­dade, in­cluindo o pe­ríodo ex­pe­ri­mental.

Des­taca-se, ainda, a im­ple­men­tação de um Plano Na­ci­onal de Com­bate à Pre­ca­ri­e­dade e ao Tra­balho Ilegal ou o es­ta­be­le­ci­mento de me­didas de pre­venção, pro­tecção, com­pen­sação e re­pa­ração aos tra­ba­lha­dores com tra­balho por turnos e pro­fis­sões de des­gaste rá­pido.

Por­tugal não está con­de­nado a ficar para trás, nem andar para trás. É pos­sível e ne­ces­sário re­a­lizar outra po­lí­tica e avançar. Avançar é pre­ciso! E, para isso, é pre­ciso dar mais força à CDU.

A Festa do Avante! mos­trou que há ra­zões para en­fren­tarmos esta ba­talha com uma acção de­ter­mi­nada e con­fi­ante.