PCP não vê condições para relação de respeito com TVI

MEDIA O PCP en­de­reçou uma carta à Di­recção de In­for­mação da TVI, que trans­cre­vemos na ín­tegra, es­cla­re­cendo os mo­tivos que jus­ti­ficam a sua in­dis­po­ni­bi­li­dade para cor­res­ponder a di­versas so­li­ci­ta­ções da es­tação.

A TVI foi pro­ta­go­nista de uma longa ope­ração me­diá­tica contra o PCP

As so­li­ci­ta­ções que a TVI tem di­ri­gido ao PCP, por in­ter­médio da sua Edi­tora de Po­lí­tica, em par­ti­cular ao Se­cre­tário-geral, para di­versas en­tre­vistas, tem en­con­trado da nossa parte in­dis­po­ni­bi­li­dade para lhes cor­res­ponder.

Não que­remos deixar, nestas cir­cuns­tân­cias, de ex­pressar as ra­zões que têm de­ter­mi­nado essa opção.

Não po­demos ig­norar no re­la­ci­o­na­mento com essa Es­tação a ope­ração que neste início de ano optou de­sen­ca­dear para di­famar o PCP, pôr em causa a ho­no­ra­bi­li­dade de di­ri­gentes e can­di­datos, tentar man­char a se­ri­e­dade do Par­tido e da sua in­ter­venção.

Dis­pen­samos-nos, porque já o fi­zemos junto da en­ti­dade a quem com­pe­tiria in­tervir, de re­pro­duzir a tor­rente de men­tiras, ma­ni­pu­lação e ca­lú­nias que de­ci­diram adoptar.

Não es­ti­vemos con­fron­tados com meros epi­só­dios de gra­tuito anti-co­mu­nismo, que aliás pol­vi­lham o es­paço me­diá­tico, nem apenas com com­pro­vados des­vios com­por­ta­men­tais to­tal­mente alheios a pa­drões mí­nimos exi­gidos a pro­fis­si­o­nais e jor­na­listas. Ao que se as­sistiu foi de facto a uma ope­ração as­su­mida como opção e cri­tério edi­to­riais. Aliás só isso pode ex­plicar que a TVI tenha «de­di­cado» à ca­lúnia e di­fa­mação mais de 3 horas de pro­gra­mação, 2 horas e 20 mi­nutos das quais em canal ge­ne­ra­lista, com «honras» de aber­tura de quatro edi­ções do Jornal das Oito (re­corde-se que um deles exac­ta­mente no dia em que a CDU tinha apre­sen­tado o seu pri­meiro can­di­dato ao Par­la­mento Eu­ropeu), ao longo de cinco se­manas. As mo­ti­va­ções que con­du­ziram a essa opção, os in­te­resses po­lí­ticos que serviu e a mão que os co­mandou só a TVI es­tará em con­di­ções de co­nhecer. O que po­demos re­gistar são os ob­jec­tivos po­lí­ticos que num ano elei­toral a TVI se dispôs a ser ins­tru­mento.

Como se com­pre­en­derá não estão cri­adas con­di­ções mí­nimas que nos per­mitam ver as­se­gu­rado que essa cam­panha in­si­diosa não possa ter pro­lon­ga­mento em ou­tros mo­mentos nesse canal. Mesmo com o res­peito que nos me­recem muitos dos pro­fis­si­o­nais dessa Es­tação, os li­mites até onde foi le­vada a cam­panha contra o PCP de­mons­tram que este não é su­fi­ci­ente para ver as­se­gu­rados pa­drões de rigor que, em úl­tima ins­tância, serão di­tados por quem co­manda a TVI.

Neste quadro, em que a re­pa­ração dos pre­juízos po­lí­ticos cau­sados nem com a pos­si­bi­li­dade (con­sa­bi­da­mente ir­re­a­li­zável) de ser dis­po­ni­bi­li­zado ao PCP tempo e con­di­ções idên­ticas aos que foram usados para o di­famar seria sa­nada, re­a­fir­mamos a nossa in­dis­po­ni­bi­li­dade, que não sendo na­tu­ral­mente de­fi­ni­tiva, se re­verá quando con­si­de­rarmos reu­nidas con­di­ções de um re­la­ci­o­na­mento sus­ten­tado no res­peito e na se­ri­e­dade po­lí­tica e in­te­lec­tual.

Como se tem en­tre­tanto ve­ri­fi­cado os jor­na­listas e de­mais pro­fis­si­o­nais da TVI con­ti­nu­arão a contar com a mesma atenção na res­posta a so­li­ci­ta­ções e no apoio à ac­ti­vi­dade jor­na­lís­tica que de­sen­volvem da parte do PCP, das suas es­tru­turas de im­prensa e dos qua­dros que nela tra­ba­lham.

Es­pe­ramos no fu­turo iden­ti­ficar si­nais que per­mitam con­si­derar res­ta­be­le­cidos pa­drões mí­nimos de re­la­ci­o­na­mento.

 



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