VOTAR NA CDU PORQUE É TEMPO DE AVANÇAR
«lutar pela alternativa»
Realizaram-se no domingo passado as eleições para a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira. Relativamente ao significado dos resultados eleitorais, importa destacar como elemento mais relevante a perda pelo PSD da maioria absoluta que, independentemente de arranjos institucionais que se fabriquem para prosseguir o rumo desastroso da Região, representa a vitória daqueles que, como a CDU, ao longo de décadas, combateram injustiças e mobilizaram os trabalhadores e o povo em defesa dos seus direitos.
Por outro lado, no quadro duma bipolarização artificial ao serviço da qual foram usados todos os meios, o número de deputados eleitos pela CDU passou de dois para um, o que mesmo assim, face à operação desencadeada, significa capacidade de resistência, organização e muito trabalho de esclarecimento e convencimento. Como declarou o Secretário-geral do PCP na noite das eleições, «a redução do número de deputados da CDU é um factor que pesará negativamente na vida política da Região e em particular na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo». No entanto, «mais cedo que tarde, tal como sucedeu em 2011, quando a CDU obteve resultado idêntico com a redução de dois para um do número de deputados, serão os próprios trabalhadores e a população a darem conta de que é esta a força que lhes faz falta e a devolverem, como em 2015, o apoio que agora não deram».
Mas, porque faz parte da sua natureza distintiva, a CDU prosseguirá a sua intervenção marcando presença, como sempre em cada luta, em cada momento e em cada lugar – nas localidades, nos bairros e nas empresas – onde seja preciso afirmar direitos, denunciar injustiças, construir soluções para responder às aspirações populares e ao desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira.
A pouco mais de uma semana das eleições de 6 de Outubro, a CDU intensifica a sua campanha de massas e, envolvendo os candidatos e milhares de activistas, multiplica o contacto directo com os trabalhadores e com o povo, informando, esclarecendo e mobilizando para o apoio à CDU.
De facto, para avançar, para melhorar as condições de vida postas em causa por sucessivos governos de uma política determinada pela defesa dos interesses do grande capital, para penalizar os principais responsáveis pelos nossos défices e problemas estruturais – o PS, PSD e CDS – é preciso dar mais força à CDU. Para romper com a política de submissão às imposições e constrangimentos da União Europeia e do euro e ao domínio do capital monopolista, é preciso votar na CDU. E é igualmente preciso votar na CDU para determinar a concretização de uma política alternativa patriótica e de esquerda, que entre outros objectivos e medidas, valorize o trabalho e os trabalhadores, nomeadamente através do aumento geral dos salários para todos os trabalhadores, com o aumento do salário médio, valorização das profissões e das carreiras e a elevação do salário mínimo nacional para 850 euros no sector público e no sector privado; pelo aumento real das reformas e pensões; pela promoção do investimento público nos serviços públicos e pela defesa das funções sociais do Estado, nomeadamente do Serviço Nacional de Saúde; pela disponibilização de creche gratuita para todas as crianças até aos três anos; pela tomada de medidas concretas de defesa do direito à habitação, pela protecção do ambiente, da natureza e do equilíbrio ecológico.
É preciso votar na CDU para impedir uma maioria absoluta, com o PS de mãos livres, para por si próprio e convergindo com o PSD ou CDS, realizar a velha política, pôr Portugal a andar para trás e reverter os avanços alcançados pela luta dos trabalhadores e das populações e pela intervenção determinante das forças que constituem a CDU.
E é em resultado dos combates travados e dos ganhos conseguidos que estamos nesta batalha eleitoral determinados a confirmar e alargar a nossa influência, a crescer em votos e deputados, confiantes no trabalho realizado, no papel insubstituível desempenhado pelo PCP e pela CDU para levar para a frente o País e defender os interesses dos trabalhadores e do povo.
Convictos de que sem a luta organizada nenhum avanço é possível, estamos igualmente cientes da necessidade de não desperdiçar nenhuma oportunidade para ir ao contacto directo, discutir os problemas, esclarecer as dúvidas, superar as hesitações, afrontar o preconceito e a manipulação instilados pela ofensiva ideológica do grande capital, afirmar a CDU e as suas soluções como elemento decisivo para avançar para um Portugal soberano, de progresso e justiça social.
Afrontando o silenciamento e a manipulação e assumindo que até ao dia 6 de Outubro nada está decidido, levaremos esta luta até ao voto, conscientes de que avançar é preciso! E, para isso, também é preciso dar mais força à CDU.