Bolívia popular mobiliza-se para enfrentar violência da oposição

Na Bo­lívia, aguar­dava-se, na quarta-feira, 23, o anúncio do Tri­bunal Su­pe­rior Elei­toral (TSE) que po­deria con­firmar a vi­tória nas urnas do pre­si­dente Evo Mo­rales e do seu Mo­vi­mento para o So­ci­a­lismo (MAS).

O go­verno bo­li­viano tem ape­lado à calma e a que se aguardem os re­sul­tados do TSE, en­quanto sec­tores li­gados à Co­mu­ni­dade Ci­dadã (CC), de di­reita, e ao seu can­di­dato, Carlos Mesa, pro­movem a vi­o­lência contra apoi­antes do MAS, exi­gindo uma se­gunda volta elei­toral antes mesmo de co­nhe­cerem os re­sul­tados.

A Cen­tral Obrera da Bo­lívia (COB) e a Co­or­de­na­dora Na­ci­onal para a Mu­dança (Co­nalcam) di­vul­garam, en­tre­tanto, uma po­sição con­junta face «às ac­ções vi­o­lentas, ra­cistas e anti-de­mo­crá­ticas da di­reita que pro­cura gerar con­flitos so­ciais» no país.

A di­reita, re­pre­sen­tada por Carlos Mesa e a sua CC, tentou atri­buir a si pró­pria bons re­sul­tados com base em dados par­ciais di­vul­gados pelo TSE, sem es­perar pela con­tagem final dos votos das zonas ru­rais mais afas­tadas da ca­pital.

A COB e a Co­nalcam con­vo­caram «os tra­ba­lha­dores, ope­rá­rios e jo­vens» para uma ma­ni­fes­tação pa­cí­fica, na quarta-feira, em la Paz, para «de­fender em li­ber­dade a de­mo­cracia» e a vi­tória do can­di­dato do MAS, Evo Mo­rales, que, se­gundo dados pre­li­mi­nares, ob­teve 46,86% dos votos, 10,13% a mais do que Carlos Mesa.

As leis bo­li­vi­anas de­ter­minam a vi­tória à pri­meira volta do can­di­dato que ob­tenha pelo menos 40% dos votos e mais de 10% sobre o se­gundo.




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