1969 – formação da Unidade Popular no Chile

Dando con­ti­nui­dade a uma longa e fru­tuosa tra­dição uni­tária, os prin­ci­pais par­tidos de es­querda chi­lenos ce­le­braram, em fi­nais de 1969, o Pacto da Uni­dade Po­pular, que nas elei­ções do ano se­guinte le­varia ao poder Sal­vador Al­lende. In­te­gravam esta frente o Par­tido Co­mu­nista do Chile, o Par­tido So­ci­a­lista, o Par­tido Ra­dical, o Par­tido So­cial-De­mo­crata, o Mo­vi­mento Acção Po­pular Uni­tária e a Acção Po­pular In­de­pen­dente. A cons­trução do so­ci­a­lismo era o ob­jec­tivo as­su­mido e apre­goado.

Nos cerca de três anos da sua vi­gência, o go­verno da Uni­dade Po­pular va­lo­rizou di­reitos la­bo­rais e so­ciais, co­locou as ri­quezas do Chile ao ser­viço do de­sen­vol­vi­mento na­ci­onal e do bem-estar do seu povo e en­frentou a he­ge­monia do im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano na re­gião. Num quadro de in­tensa luta de classes, in­terna e à es­cala re­gi­onal e mun­dial, o go­verno apoiou-se num cres­cente e mo­bi­li­zado mo­vi­mento ope­rário, cam­ponês e po­pular.

O golpe fas­cista de 11 de Se­tembro de 1973, en­ca­be­çado pelo ge­neral Au­gusto Pi­no­chet mas na ver­dade pre­pa­rado pelos EUA, afogou em sangue a ex­pe­ri­ência so­ci­a­lista chi­lena.