Defesa do ambiente não pode virar negócio

O PCP de­fende uma «po­lí­tica de re­dução de emis­sões de gases de efeito de es­tufa ba­seada em res­pon­sa­bi­li­dades par­ti­lhadas», mas ne­ces­sa­ri­a­mente dis­tintas, «com base num nor­ma­tivo de­fi­nido e acom­pa­nhado pela ONU».

Esta po­sição foi vei­cu­lada dia 4 pela de­pu­tada co­mu­nista Alma Ri­vera ao di­rigir-se ao de­pu­tado do BE Pedro Fi­lipe So­ares, que le­vara o tema a ple­nário em de­cla­ração po­lí­tica, em vés­peras de mais uma Con­fe­rência das Na­ções Unidas sobre as Mu­danças Cli­má­ticas.

Também a pro­pó­sito da cha­mada «greve cli­má­tica es­tu­dantil», e de votos de sau­dação re­cen­te­mente apro­vados na AR, que con­taram com apoio do PCP, Alma Ri­vera lem­brou que há muito que a sua ban­cada afirma que o «ca­pi­ta­lismo não é verde» e que alerta para a «ne­ces­si­dade de en­con­trar ou­tras formas de de­sen­vol­vi­mento».

É a essa luz, aliás, que tem de­fen­dido me­didas con­cretas, como seja a de pros­se­guir a re­dução do custo dos trans­portes pú­blicos com vista à tran­sição do trans­porte in­di­vi­dual para ou­tras formas de trans­porte.

«É pre­ciso con­ti­nuar a de­fender o Tejo e a gestão pú­blica da água, com­bater a pri­va­ti­zação dos re­cursos na­tu­rais, pre­servar as áreas pro­te­gidas, alargar a Rede de Cen­tros de Aco­lhi­mento e Re­a­bi­li­tação de Ani­mais Sel­va­gens e Exó­ticos, com­bater a ob­so­les­cência pro­gra­mada que visa apenas o lucro e não a sa­tis­fação de ne­ces­si­dades», enu­merou, entre vá­rias ou­tras li­nhas de acção, a de­pu­tada do PCP.

A ne­ces­si­dade de re­la­ções eco­nó­micas entre Es­tados as­sentes na «com­ple­men­ta­ri­dade e não em com­pe­tição», foi também de­fen­dida por Alma Ri­vera, que pôs ainda o dedo na fe­rida ao lem­brar que o «sis­tema ca­pi­ta­lista ex­plora os re­cursos sem li­mi­ta­ções e que há quem queira fazer da «pre­o­cu­pação pelo am­bi­ente um ne­gócio». Veja-se, exem­pli­ficou, o ne­gócio da tran­sacção de li­cenças de emissão de car­bono.



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