BOM ANO, SÓ COM OUTRAS OPÇÕES

«Há meios e con­di­ções para uma vida me­lhor»

Em plena época de Festas de fim-de-ano, viveu-se esta se­mana mais um Natal e pre­para-se o Novo Ano que na pró­xima quarta-feira tem início.

Numa sau­dação alu­siva a este pe­ríodo, o Se­cre­tário-geral do PCP chama a atenção para o tempo con­tra­di­tório, de in­cer­teza e in­qui­e­tação, mas também de es­pe­rança em que vamos ce­le­brar este Ano Novo.

«Vi­ramos a pá­gina do ca­len­dário mas sub­sistem os pro­blemas que afectam os que não têm um em­prego com di­reitos, os que são atin­gidos pela po­breza, pelas in­jus­tiças, vi­vendo com vín­culos pre­cá­rios, pelos sa­lá­rios e re­formas baixas, pela falta de acesso à saúde, à ha­bi­tação, ca­vando ainda mais o fosso entre ricos e po­bres».

De facto, como tantas vezes o PCP tem afir­mado e não se can­sará de re­petir, há meios e con­di­ções para uma vida me­lhor. O País tem po­ten­ci­a­li­dades. Há reais pos­si­bi­li­dades para avançar e dar res­posta a quem tra­balha ou tra­ba­lhou, aos cri­a­dores da cul­tura e das artes, aos pe­quenos e mé­dios em­pre­sá­rios, aos que vivem e tra­ba­lham na agri­cul­tura fa­mi­liar, nas pescas, aos que va­lo­rizam os ser­viços pú­blicos com o seu saber e em­penho, à ju­ven­tude que es­tuda e tra­balha.

Mas para que esse Ano Novo me­lhor se con­cre­tize, pre­ci­samos de uma po­lí­tica que dê pri­o­ri­dade aos di­reitos dos tra­ba­lha­dores e do povo, que as­se­gure o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País. Pre­ci­samos de avançar na so­lução dos pro­blemas na­ci­o­nais e na cri­ação de con­di­ções para uma vida me­lhor para o povo por­tu­guês. Pre­ci­samos de romper com a po­lí­tica de di­reita que pelas mãos de su­ces­sivos go­vernos do PS, PSD e CDS in­fer­niza a vida dos tra­ba­lha­dores e do povo e é res­pon­sável pelos nossos grandes dé­fices (pro­du­tivo, de­mo­grá­fico, or­ça­mental, ener­gé­tico, ali­mentar). Pre­ci­samos de uma po­lí­tica pa­trió­tica e de es­querda, sem a qual não há so­lução para os pro­blemas com que es­tamos con­fron­tados.

Por­tugal pre­cisa de se li­bertar da sub­missão às im­po­si­ções da União Eu­ro­peia, do euro e do grande ca­pital.

E, para ga­rantir que o País avança nas res­postas aos pro­blemas na­ci­o­nais, o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês é um par­tido ne­ces­sário, in­dis­pen­sável e in­subs­ti­tuível, como foi nos úl­timos quatro anos, de­ter­mi­nando avanços que sem a sua in­ter­venção, ar­ti­cu­lada com a luta dos tra­ba­lha­dores e das po­pu­la­ções, não teria sido pos­sível con­se­guir.

Bem pode o grande ca­pital mo­bi­lizar os seus po­de­rosos meios, a co­meçar pelos ór­gãos da co­mu­ni­cação so­cial que con­centra, con­trola e do­mina, para de­ne­grir o PCP, apagar, dis­torcer ou si­len­ciar a sua men­sagem. Bem podem as forças de di­reita, as forças re­ac­ci­o­ná­rias pro­mover con­cep­ções re­tró­gradas como se fossem avan­çadas, ao mesmo tempo que se es­forçam por atacar o PCP.

Na ver­dade, só o fazem por es­tarem con­ven­cidos exac­ta­mente do con­trário: da in­ter­venção de­ter­mi­nada e de­ter­mi­nante do PCP por so­lu­ções que re­solvam os pro­blemas dos tra­ba­lha­dores, do povo e do País; do PCP como Par­tido da es­pe­rança que in­cen­tiva a luta pela rup­tura com a po­lí­tica de di­reita e por uma po­lí­tica al­ter­na­tiva pa­trió­tica e de es­querda que dê res­postas es­tru­tu­rais aos pro­blemas na­ci­o­nais e as­se­gure o de­sen­vol­vi­mento so­be­rano do País.

E, agora que o ano de 2019 chega ao fim, im­porta ter pre­sentes os grandes e exi­gentes com­bates tra­vados pelo PCP e a CDU por avanços nas con­di­ções de vida dos tra­ba­lha­dores e do povo por­tu­guês, parte in­te­grante e in­dis­so­ciável da luta pela al­ter­na­tiva ne­ces­sária. In­ter­venção de­ter­mi­nada e con­fi­ante de um Par­tido – o Par­tido Co­mu­nista Por­tu­guês – que soube ar­ti­cular sempre essa sua in­tensa acção com a di­na­mi­zação da luta de massas, com uma cons­tante pre­o­cu­pação com o seu re­forço e com o alar­ga­mento da uni­dade e con­ver­gência com de­mo­cratas e pa­tri­otas.

E, se o ano de 2019 foi um ano de exi­gentes com­bates em que a in­ter­venção e re­forço do PCP, a luta de massas e a uni­dade com de­mo­cratas e pa­tri­otas foram de­ter­mi­nantes para os avanços re­gis­tados, serão também esses os fac­tores que, no de­albar do novo ano, es­tarão pre­sentes nas ba­ta­lhas a travar.

Mais do que pa­la­vras vãs, que sempre abundam nesta quadra, um Bom Ano im­plica ou­tras op­ções, ou­tras es­co­lhas, um novo rumo po­lí­tico no sen­tido da va­lo­ri­zação dos tra­ba­lha­dores e dos seus sa­lá­rios, o au­mento das pen­sões e re­formas, a va­lo­ri­zação dos ser­viços pú­blicos, a va­lo­ri­zação dos di­reitos das cri­anças, o au­mento do in­ves­ti­mento pú­blico, a pro­moção de uma justa po­lí­tica fiscal, a di­na­mi­zação do apa­relho pro­du­tivo e do equi­lí­brio ter­ri­to­rial, a pro­moção da cul­tura, a de­fesa do meio am­bi­ente.

São estes os votos do PCP de um Ano Novo me­lhor. Como su­blinha Je­ró­nimo de Sousa, «um Ano em que pre­va­leça a jus­tiça so­cial e o pro­gresso nesta nossa Pá­tria que que­remos so­be­rana e de paz».