Trabalhadores dos resíduos parados na Beira Litoral por melhores salários e direitos

GREVE Os tra­ba­lha­dores da Re­sí­duos Só­lidos do Centro (ERSUC) pa­ra­li­saram an­te­ontem e se­gunda-feira em de­fesa da me­lhoria dos seus ren­di­mentos e do cum­pri­mento dos di­reitos, in­cluindo à Con­tra­tação Co­lec­tiva.

A greve teve forte ex­pressão

A greve teve forte ex­pressão apesar de um tri­bunal ar­bi­tral ter de­cre­tado ser­viços mí­nimos que o Sin­di­cato dos Tra­ba­lha­dores da Ad­mi­nis­tração Local (STAL) re­jeitou «li­mi­nar­mente» por en­tender que a de­cisão pro­cura ga­rantir «o normal fun­ci­o­na­mento da em­presa, des­va­lo­ri­zando assim qual­quer im­pacto da greve», o que, acres­centa, «viola cla­ra­mente o en­qua­dra­mento ju­rí­dico e cons­ti­tu­ci­onal neste âm­bito».

Os tra­ba­lha­dores da ERSUC, que re­colhe o lixo em 36 mu­ni­cí­pios dos dis­tritos de Coimbra, Aveiro e Leiria, cum­priram uma pa­ra­li­sação de 48 horas pelo au­mento geral dos sa­lá­rios e de ou­tras pres­ta­ções com ex­pressão pe­cu­niária para todos os tra­ba­lha­dores, de­sig­na­da­mente os sub­sí­dios de re­feição e de trans­porte, o res­peito pelas suas es­tru­turas re­pre­sen­ta­tivas e um se­guro de saúde para todos os tra­ba­lha­dores e res­pec­tivo agre­gado fa­mi­liar, de­ta­lhou o STAL em nota pu­bli­cada no seu site na In­ternet.

O Sin­di­cato con­denou a ati­tude de blo­queio do diá­logo por parte da em­presa, per­ten­cente ao grupo EGF, já que esta se re­cusa a «ini­ciar qual­quer pro­cesso de ne­go­ci­ação co­lec­tiva global ou local».

O STAL soma, por isso, à lista das rei­vin­di­ca­ções o res­peito pelo di­reito à Con­tra­tação Co­lec­tiva e a va­lo­ri­zação das car­reiras pro­fis­si­o­nais, com o es­ta­be­le­ci­mento de um plano que as­se­gure a pro­gressão e a pro­moção.

 



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