Marcha atrás na Linha Circular é avanço na mobilidade popular

«A con­cre­ti­zação da Linha Cir­cular, e não o seu aban­dono em favor de ou­tros pro­jectos, re­pre­sen­taria um aten­tado gra­vís­simo aos in­te­resses de todos os que vivem e tra­ba­lham em Lisboa», rei­tera o ga­bi­nete da ve­re­ação do PCP na Câ­mara Mu­ni­cipal de Lisboa.

Em nota di­vul­gada de­pois de a As­sem­bleia da Re­pú­blica ter apro­vado uma pro­posta do PCP que in­cumbe o Go­verno de sus­pender o pro­cesso de cons­trução do re­ma­nes­cente do anel entre o Cais do Sodré e o Campo Grande, e que in­dica como pri­o­ri­dades a ex­pansão da rede de me­tro­po­li­tano até Loures, bem como para Al­cân­tara e a zona ori­ental de Lisboa, o Par­tido es­cla­rece também «um con­junto de in­for­ma­ções in­cor­rectas en­tre­tanto postas a cir­cular».

«No que res­peita ao di­nheiro gasto, não há neste mo­mento ne­nhuma ex­pro­pri­ação de ter­renos feita nem paga; não há ainda ne­nhuma ad­ju­di­cação para o novo ma­te­rial cir­cu­lante nem para o sis­tema de si­na­li­zação. A única de­cisão to­mada que tem even­tuais im­pli­ca­ções fi­nan­ceiras re­fere-se à ad­ju­di­cação da pri­meira fase de cons­trução da Linha Cir­cular (no que res­peita uni­ca­mente ao con­curso de pro­jecto de exe­cução)», pre­cisa-se.

«Con­tudo, a verba que pode even­tu­al­mente vir a ser im­pu­tada ao Me­tro­po­li­tano de Lisboa é re­du­zida face aos be­ne­fí­cios que a ex­pansão do metro irá re­pre­sentar para a po­pu­lação e para a Ci­dade de Lisboa», acres­cente-se, pelo que «se exige ao Go­verno e à Ad­mi­nis­tração do Metro é que não sejam as­si­nados e ad­ju­di­cados con­tratos e for­ne­ci­mentos de ser­viços para jus­ti­ficar os en­cargos que ainda não existem.

Su­blinhe-se que, an­te­ontem, o ga­bi­nete do mi­nistro do Pla­ne­a­mento ga­rantiu que as verbas co­mu­ni­tá­rias des­ti­nadas à Linha Cir­cular podem ser des­lo­cadas para outro pro­jecto, mesmo que não es­teja re­la­ci­o­nado com a rede.

Me­lhoria

Em de­fesa da pro­posta do PCP, no co­mu­ni­cado re­alça-se igual­mente que a po­pu­lação que re­side na área da Linha Cir­cular «é muito in­fe­rior à que re­side nas fre­gue­sias de Campo de Ou­rique, Cam­po­lide, Al­cân­tara e na zona oci­dental de Lisboa», e que a ex­tensão até Loures tra­duzir-se-á numa «di­mi­nuição muito sig­ni­fi­ca­tiva de vi­a­turas a en­trar na ci­dade» e numa «me­lhoria da mo­bi­li­dade na Área Me­tro­po­li­tana de Lisboa».

No mesmo sen­tido pro­nun­ciou-se, também em nota en­viada à im­prensa, a Co­missão Con­ce­lhia de Odi­velas do PCP, para quem a opção pela cons­trução das es­ta­ções de Es­trela e Santos «iria pro­longar por dé­cadas o caos na zona cen­tral de Odi­velas, con­ti­nu­ando a pe­na­lizar for­te­mente a qua­li­dade de vida no con­celho e a de­gradar ainda mais a oferta de trans­porte à po­pu­lação da zona norte da ci­dade de Lisboa e às po­pu­la­ções de Odi­velas e Loures, ser­vidas pela Linha Ama­rela».



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