No Casino da Póvoa e na Galiza luta-se por direitos

A ad­mi­nis­tração do Ca­sino da Póvoa, do grupo Varzim Sol, re­cusa-se a cum­prir a de­cisão ju­di­cial de in­te­grar os 14 tra­ba­lha­dores que há seis anos foram alvo de um des­pe­di­mento co­lec­tivo. Se­gundo o Sin­di­cato da Ho­te­laria do Norte, a em­presa «re­cusou a ocu­pação dos postos de tra­balho e o exer­cício de fun­ções aos tra­ba­lha­dores, ale­gando que vai re­correr para o Su­premo Tri­bunal de Jus­tiça do acórdão do Tri­bunal da Re­lação de Gui­ma­rães (TRG), que anulou o des­pe­di­mento».
O sin­di­cato lembra que o tri­bunal con­si­derou o des­pe­di­mento ilí­cito por ter tido como mo­tivo a re­cusa dos tra­ba­lha­dores em as­si­narem um acordo de po­li­va­lência, cri­tério «ar­bi­trário e dis­cri­mi­na­tório» que, a ser ad­mi­tido, im­pli­caria uma «prá­tica forte de li­mi­tação e cons­tran­gi­mento ao exer­cício livre dos di­reitos por parte dos tra­ba­lha­dores».

En­tre­tanto, o mesmo sin­di­cato de­nun­ciou, no dia 11, a exis­tência de um «in­ves­tidor oculto» que es­tará a per­turbar as ne­go­ci­a­ções des­ti­nadas a vi­a­bi­lizar a Cer­ve­jaria Ga­liza, que está desde No­vembro a ser ge­rida pelos seus tra­ba­lha­dores. Numa reu­nião re­a­li­zada a 21 de Ja­neiro nas ins­ta­la­ções da Di­recção-Geral do Em­prego e das Re­la­ções de Tra­balho (DGERT), no Porto, os tra­ba­lha­dores sou­beram da exis­tência de dois in­ves­ti­dores in­te­res­sados na aqui­sição do es­ta­be­le­ci­mento, um dos quais terá já ga­ran­tido a ma­nu­tenção dos postos de tra­balho.
De­pois de os pro­pri­e­tá­rios da Cer­ve­jaria Ga­liza terem ten­tado fe­char o es­ta­be­le­ci­mento às es­con­didas, este re­a­briu em No­vembro, es­tando a fun­ci­onar em pleno desde então. As re­ceitas au­men­taram, os sa­lá­rios estão em dia e contas que há muito se en­con­travam em atraso foram sal­dadas.

 



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