Professores rejeitam «sobretrabalho»

Foram «pra­ti­ca­mente todas adi­adas» as reu­niões que es­ti­veram pre­vistas em vá­rias es­colas para se­gunda-feira, dia 24, en­quanto num agru­pa­mento de es­colas que man­teve a data ne­nhuma se tinha re­a­li­zado, de manhã – in­formou a Fe­de­ração Na­ci­onal de Pro­fes­sores.
Num pri­meiro ba­lanço, a Fen­prof ad­mitia que neste agru­pa­mento (em Mesão Frio, Vila Real) também não se re­a­li­zasse ne­nhuma das quatro reu­niões pre­vistas para a tarde. Para ontem, havia «mais al­gumas es­colas com reu­niões mar­cadas, pre­vendo-se, também nessas, a adesão de muitos pro­fes­sores à greve, in­vi­a­bi­li­zando a sua re­a­li­zação».
A greve ao «so­bre­tra­balho» (ser­viço mar­cado para além do ho­rário normal de 35 horas se­ma­nais) ini­ciou-se ainda no ano lec­tivo pas­sado e pros­segue «pela sim­ples razão de que o Mi­nis­tério da Edu­cação nada fez para re­gu­la­rizar a si­tu­ação».
A Fen­prof re­fere, na nota di­vul­gada pelo seu Se­cre­ta­riado Na­ci­onal, que os pro­fes­sores «estão a tra­ba­lhar, em média, mais de 46 horas se­ma­nais, de­vido às ile­ga­li­dades e abusos que afectam os seus ho­rá­rios de tra­balho». Este pro­blema, «apesar de ter sido co­lo­cado, múl­ti­plas vezes, aos res­pon­sá­veis do ME, não me­receu, da sua parte e até agora, a in­dis­pen­sável atenção».

Ac­ções con­juntas

A Fen­prof e ou­tras nove or­ga­ni­za­ções sin­di­cais de do­centes anun­ci­aram, no dia 21, a sua «con­ver­gência de apre­ci­ação» da si­tu­ação da Edu­cação. Reu­nidas pela pri­meira vez após a única reu­nião com o ME e também de­pois da apro­vação do Or­ça­mento do Es­tado, a ASPL, a Fen­prof, a Pró-Ordem, o Se­pleu, o Si­nape, o Sindep, o SIPE, o Sippeb e o Spliu «con­cor­daram com a ne­ces­si­dade de, a manter-se a ati­tude ne­ga­tiva do Mi­nis­tério da Edu­cação, pro­mo­verem grandes ac­ções con­juntas de luta, que en­volvam a ge­ne­ra­li­dade dos do­centes e deixem claros o seu pro­testo, a sua exi­gência e as suas pro­postas».
As or­ga­ni­za­ções sin­di­cais vão agora «de­bater, no âm­bito dos seus ór­gãos di­ri­gentes e com os do­centes, as ac­ções a de­sen­volver», dei­xando agen­dada nova reu­nirão para 12 de Março.

 



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