Solidariedade com Venezuela perante ameaça de intervenção militar dos EUA

SO­LI­DA­RI­E­DADE O PCP está so­li­dário com o povo e ­as forças pa­trió­ticas, pro­gres­sistas e re­vo­lu­ci­o­ná­rias da Ve­ne­zuela na sua luta em de­fesa da paz, do de­sen­vol­vi­mento, da jus­tiça e pro­gresso so­ciais, da so­be­rania e in­de­pen­dência.

O Go­verno por­tu­guês tem de aban­donar a sua pos­tura se­gui­dista face aos EUA

Por oca­sião do Dia Mun­dial de So­li­da­ri­e­dade com a Ve­ne­zuela e a luta do povo ve­ne­zu­e­lano, as­si­na­lado a 19 de Abril, o PCP de­nun­ciou e con­denou a ope­ração em curso de con­cen­tração de vastos meios mi­li­tares dos EUA pró­ximo da Ve­ne­zuela. Tal ope­ração «cons­titui não só um ina­cei­tável acto de in­ti­mi­dação como um claro in­dício da pre­pa­ração de uma even­tual in­ter­venção mi­litar do im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano, e seus ser­ven­tuá­rios, contra a Re­pú­blica Bo­li­va­riana da Ve­ne­zuela e o povo ve­ne­zu­e­lano».

Para o PCP, «é es­pe­ci­al­mente in­qui­e­tante que – num mo­mento em que o go­verno ve­ne­zu­e­lano mo­bi­liza es­forços e meios para pre­venir e com­bater efi­caz­mente o surto de COVID-19, de­fen­dendo a saúde do povo ve­ne­zu­e­lano – a Ad­mi­nis­tração Trump opte pela ameaça da agressão mi­litar di­recta e pela in­ten­si­fi­cação das cri­mi­nosas san­ções e blo­queio eco­nó­mico e fi­nan­ceiro, que tantas pro­va­ções e di­fi­cul­dades têm im­posto ao povo ve­ne­zu­e­lano e à co­mu­ni­dade por­tu­guesa que vive na­quele país la­tino-ame­ri­cano».

A es­piral de­ses­ta­bi­li­za­dora e agres­siva dos EUA, ci­ni­ca­mente an­te­ce­dida da pro­cla­mação pela Ad­mi­nis­tração Trump de um in­fame «plano de tran­sição para a Ve­ne­zuela», visa «vergar a firme e co­ra­josa re­sis­tência do povo ve­ne­zu­e­lano em de­fesa da sua pá­tria, e impor um go­verno fan­toche que deixe as mãos li­vres ao im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano para se re­a­pro­priar dos imensos re­cursos na­tu­rais da Ve­ne­zuela».

O PCP apela à ex­pressão da exi­gência do fim ime­diato da in­ge­rência, das san­ções e blo­queio eco­nó­mico e das ame­aças mi­li­tares contra a Ve­ne­zuela e ao for­ta­le­ci­mento da so­li­da­ri­e­dade em de­fesa da Ve­ne­zuela Bo­li­va­riana. E insta o Go­verno por­tu­guês a aban­donar uma pos­tura se­gui­dista da po­lí­tica de afronta ao di­reito in­ter­na­ci­onal le­vada a cabo pelos EUA contra a Ve­ne­zuela, e a pautar a sua po­lí­tica ex­terna pelos va­lores da so­be­rania e da in­de­pen­dência na­ci­onal, da paz e da co­o­pe­ração, como con­sagra a Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa e é do in­te­resse do povo por­tu­guês, in­cluindo da co­mu­ni­dade por­tu­guesa na Ve­ne­zuela.

O PCP re­a­firma ainda a sua so­li­da­ri­e­dade para com o povo ve­ne­zu­e­lano, o Par­tido Co­mu­nista da Ve­ne­zuela (PCV), o Par­tido So­ci­a­lista Unido da Ve­ne­zuela (PSUV) e o con­junto das forças pa­trió­ticas, pro­gres­sistas e re­vo­lu­ci­o­ná­rias ve­ne­zu­e­lanas.


Res­peito pela so­be­rania
da Ve­ne­zuela, exige CPPC

«Fim à agressão dos EUA! Res­peito pela so­be­rania do povo ve­ne­zu­e­lano!», exige o Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC) ao as­si­nalar o Dia de So­li­da­ri­e­dade com a Ve­ne­zuela, lan­çado pelo Co­mité de So­li­da­ri­e­dade In­ter­na­ci­onal e Luta pela Paz (COSI – Ve­ne­zuela) e pelo Con­selho Mun­dial da Paz.

O 19 de Abril ce­lebra o início da luta pela in­de­pen­dência do jugo co­lo­nial es­pa­nhol, em 1810, di­ri­gida por Simón Bo­lívar, lembra um co­mu­ni­cado do CPPC, adi­an­tando que, «hoje, 210 anos pas­sados, o com­bate pela afir­mação da so­be­rania e in­de­pen­dência na­ci­onal da Ve­ne­zuela, as­so­ciada ao pro­gresso so­cial do seu povo, não só pros­segue como se en­contra num mo­mento par­ti­cu­lar­mente im­por­tante».

Este ano, a data as­si­nala-se numa si­tu­ação com­plexa, de­vido à pan­demia da Covid-19. Na Ve­ne­zuela, as me­didas de saúde pú­blica pron­ta­mente as­su­midas pelas au­to­ri­dades bo­li­va­ri­anas, e o apoio so­li­dário das equipas mé­dicas cu­banas, têm pre­ve­nido e com­ba­tido a do­ença. Sub­sistem, porém, ca­rên­cias de­vido às cri­mi­nosas san­ções e blo­queio im­postos pela ad­mi­nis­tração norte-ame­ri­cana que tentam im­pedir a todo o custo a aqui­sição de equi­pa­mentos mé­dicos e de me­di­ca­mentos por parte das au­to­ri­dades ve­ne­zu­e­lanas.

Blo­queio e in­ge­rência

As san­ções e os blo­queios im­postos pelos EUA cons­ti­tuem um crime que visa as­fi­xiar a eco­nomia e im­pedir a res­posta às ne­ces­si­dades mais bá­sicas dos povos, in­cluindo os di­reitos à saúde, à ali­men­tação, a uma vida con­digna. Face ao surto da Covid-19, a ad­mi­nis­tração norte-ame­ri­cana re­vela um total des­prezo pela vida hu­mana, seja ela ve­ne­zu­e­lana, norte-ame­ri­cana ou de outra na­ci­o­na­li­dade, de­nuncia ainda o CPPC, dando a esse res­peito um vasto con­junto de exem­plos.

Ora, é pre­ci­sa­mente neste con­texto da pan­demia que a ad­mi­nis­tração Trump de­cidiu des­locar um po­de­roso con­tin­gente mi­litar dos EUA para junto das fron­teiras da Ve­ne­zuela, no Mar do Ca­ribe, ame­a­çando o povo ve­ne­zu­e­lano com uma agressão mi­litar e o mundo com nova guerra.

O CPPC re­corda ainda que «a ad­mi­nis­tração Trump aprovou um cha­mado “plano de tran­sição para a Ve­ne­zuela” – apoiado pelo seu homem de mão, o mais do que de­sa­cre­di­tado Juan Guaidó, pelos seus ser­ven­tuá­rios na re­gião e pela União Eu­ro­peia –, que mais não é que uma nova ten­ta­tiva de golpe de Es­tado para impor um go­verno servil aos seus in­te­resses, que afronta a so­be­rania do povo ve­ne­zu­e­lano e a Cons­ti­tuição da Ve­ne­zuela e visa apo­derar-se das imensas ri­quezas deste país».

Pro­gresso e so­be­rania

O CPPC lembra ainda a longa «his­tória de in­ge­rência, chan­tagem, ameaça e agressão dos EUA contra o povo ve­ne­zu­e­lano e a Re­vo­lução Bo­li­va­riana, ini­ciada em 1999, na sequência da vi­tória do co­man­dante Hugo Chávez nas elei­ções pre­si­den­ciais do ano an­te­rior». O ca­minho de so­be­rania e pro­gresso so­cial então ini­ciado, em be­ne­fício da larga mai­oria dos ve­ne­zu­e­lanos e pela co­o­pe­ração mu­tu­a­mente van­ta­josa entre os países da Amé­rica La­tina, pôs em causa os in­te­resses dos EUA e da oli­gar­quia ve­ne­zu­e­lana ao seu ser­viço – pre­ci­sa­mente, aqueles que du­rante dé­cadas es­po­li­aram a Ve­ne­zuela e as suas re­servas pe­tro­lí­feras.

No Dia Mun­dial de So­li­da­ri­e­dade com a Ve­ne­zuela, o CPPC re­a­firma o seu apego aos prin­cí­pios con­sa­grados na Cons­ti­tuição da Re­pú­blica Por­tu­guesa e na Carta das Na­ções Unidas, exi­gindo o fim ime­diato da in­ge­rência, das san­ções, dos blo­queios e chan­ta­gens contra a Ve­ne­zuela e o seu povo ve­ne­zu­e­lano, a de­vo­lução dos re­cursos fi­nan­ceiros re­tidos ile­gal­mente, por exi­gência dos EUA, em bancos in­ter­na­ci­o­nais (como no Novo Banco) e o aban­dono das ame­aças de agressão mi­litar. Do Go­verno por­tu­guês re­clama a in­versão da sua «ina­cei­tável por­tura se­gui­dista dos di­tames dos EUA.




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