Cortar na oferta de transportes aumenta riscos de propagação da epidemia

UTENTES As empresas privadas de transporte rodoviário de passageiros servem-se do lay-off para privar os utentes do direito ao transporte, acrescentando factores de risco na propagação da COVID-19 entre a população.

Utentes reclamam o reforço dos serviços públicos

A denúncia é do Movimento de Utentes dos Serviços Públicos (MUSP). «As medidas tomadas por estas empresas, com cortes na oferta e ou supressão de carreiras, acrescentam riscos e prejudicam utentes e trabalhadores, a quem reduzem os seus já baixos salários», alerta o MUSP, em comunicado de 9 de Abril. Perante as alegadas dificuldades financeiras e a falta de linhas de crédito, os utentes interrogam: «Porquê o lay-off e não a procura de apoios extraordinários para a actividade junto do Governo?».

Considerando «inaceitável» que a epidemia seja usada como argumento e recuo para as empresas de transportes recorrerem ao lay-off, o MUSP relembra ao Governo que «o dinheiro da Segurança Social, de que são depositários, deve ser usado para responder e promover medidas de carácter social dirigidas aos trabalhadores no activo ou na reforma e não para medidas e programas de apoio às empresas».

Rodoviária de Lisboa
No passado dia 15, a Comissão de Utentes dos Transportes Públicos de Sacavém reclamou alterações à redução dos serviços da Rodoviária de Lisboa, que entrou em lay-off parcial. Os novos horários e trajectos ampliam em muitos casos os intervalos para uma hora ou mesmo duas horas, como no caso da carreira que faz a ligação à sede do concelho de Loures e ao Hospital Beatriz Ângelo.

Do concelho de Loures chegaram também as críticas dos utentes dos transportes públicos de Camarate, Unhos e Apelação, que contestam a decisão da Rodoviária, por colocar em causa a mobilidade dos utentes e a sua saúde.

A Câmara Municipal deLoures questionou, entretanto, a Área Metropolitana de Lisboa sobre «as alterações unilaterais ao serviço prestado no concelho pela Rodoviária de Lisboa», assegurando não ter tido conhecimento prévio, nem sido consultada sobre a decisão da empresa.

 



Mais artigos de: Nacional

JCP contacta com jovens trabalhadores

Nos últimos dias, a JCP realizou acções de contacto com trabalhadores de grandes superfícies comerciais e com estafetas, em Lisboa, procurando conhecer os seus problemas e dar voz às suas reivindicações. Alma Rivera, deputada do PCP na Assembleia da República, participou em várias dessas acções, tendo contactado que a...

CNA apresenta propostas ao Governo

A Confederação Nacional da Agricultura (CNA) esteve reunida, no dia 17 de Abril, com a ministra da Agricultura, a quem deu a conhecer os graves problemas que os agricultores familiares atravessam em resultado da COVID-19. Entre outras medidas, a CNA defendeu a reabertura, durante o mês de Maio, de todos os mercados...

Utentes de Sousel exigem respostas

Tendo em conta que «a saúde é um direito constitucionalmente consagrado» e «a ninguém pode ser negada a prestação de serviço de saúde com base nas suas condições físicas, financeiras ou pessoais», a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos de Sousel condenou a desmarcação de consultas no concelho, mas também queos...

Projectos fundamentais para a Vidigueira

A Câmara Municipal de Vidigueira obteve aprovação de financiamento comunitário em 85 por cento para três projectos que vão implicar um investimento total de 530 120 euros. O projecto de maior investimento, 261 695 euros, prevê a criação de ciclovias e percursos pedonais para «garantir a acessibilidade e a mobilidade...

Metro para Loures

No dia 15 de Abril, os vereadores da CDU na Câmara de Odivelas exortaram o presidente do município a assumir uma posição pública clara relativamente à construção da linha circular do Metro, que «apenas irá servir interesses muito particulares, em contra-ciclo com os interesses da maioria da população da Área...

Descargas Ilegais na Ribeira da Pantanha

À CDU chegou uma denúncia da população de Canas de Senhorim, concelho de Nelas, de novas descargas de efluentes industriais, pela empresa Borgstena, na Ribeira da Pantanha, que desagua no Mondego. «A solução para esta e outras descargas de efluentes industriais e domésticos passa indubitavelmente pela ETAR de Nelas III,...