Solidariedade com os jovens e o povo dos Estados Unidos

JU­VEN­TUDE Cerca de meia cen­tena de or­ga­ni­za­ções de todo o mundo, entre as quais a JCP, apro­varam um Anúncio Comum re­a­fir­mando a sua so­li­da­ri­e­dade com a ju­ven­tude, os tra­ba­lha­dores e o povo dos EUA e par­ti­cu­lar­mente com os jo­vens co­mu­nistas norte-ame­ri­canos.

Os jo­vens estão entre as prin­ci­pais ví­timas das po­lí­ticas anti-po­pu­lares nos EUA

«As or­ga­ni­za­ções co­mu­nistas, pro­gres­sistas e anti-im­pe­ri­a­listas de ju­ven­tude que as­sinam este Anúncio Comum con­denam os mais re­centes actos cri­mi­nosos nos EUA, o as­sas­si­nato brutal do afro-ame­ri­cano Ge­orge Floyd pela po­lícia, a vi­o­lenta re­pressão e a ten­ta­tiva de cri­mi­na­li­zação das lutas contra o ra­cismo, as in­jus­tiças e as de­si­gual­dades so­ciais. Esses eventos ex­pu­seram mais uma vez a agres­si­vi­dade dos EUA e do seu go­verno Trump na ofen­siva contra os tra­ba­lha­dores e o povo dos EUA.

Os jo­vens norte-ame­ri­canos estão entre as prin­ci­pais ví­timas das po­lí­ticas anti-po­pu­lares das su­ces­sivas ad­mi­nis­tra­ções. Os crimes ra­cistas, a vi­o­lência po­li­cial e a re­pressão nunca pa­raram. Além disso, mi­lhões não têm casa. Não têm acesso à es­cola até aos mais ele­vados graus de en­sino. Não têm acesso aos mais bá­sicos cui­dados de saúde. Vivem de em­pregos pre­cá­rios e mal pagos. São con­fron­tados com graves fla­gelos so­ciais como o ra­cismo e a dis­cri­mi­nação. Por isso pro­testam. Por isso re­sistem.

Os EUA pro­curam a todo o custo es­conder o seu de­clínio e a dra­má­tica si­tu­ação vi­vida no país pelo povo, pelo surto epi­dé­mico da COVID-19 e pelas ina­de­quadas me­didas da Ad­mi­nis­tração Trump, que agra­varam o al­cance das con­sequên­cias so­ciais e eco­nó­micas do surto.

Uma si­tu­ação que veio expor a na­tu­reza do ca­pi­ta­lismo e os fla­gelos so­ciais pelos quais é res­pon­sável, in­cluindo as enormes de­si­gual­dades e in­jus­tiças que marcam a re­a­li­dade so­cial dos EUA – como a falta de acesso a as­sis­tência mé­dica ou a po­breza – que são con­sequên­cias das po­lí­ticas de su­ces­sivas ad­mi­nis­tra­ções norte-ame­ri­canas, ao ser­viço do grande ca­pital.

Ema­ra­nhados nas suas con­tra­di­ções, os EUA – mas também a mai­oria das “de­mo­cra­cias li­be­rais” oci­den­tais – de­pendem cada vez mais de meios pu­ra­mente re­pres­sivos para tentar con­trolar o des­con­ten­ta­mento po­pular, le­vando ao agra­va­mento da bru­ta­li­dade po­li­cial. O ra­cismo e a dis­cri­mi­nação au­mentam, com o ob­jec­tivo de di­vidir os tra­ba­lha­dores, ali­men­tando ainda mais a vi­o­lência po­li­cial.

A si­tu­ação vi­vida nos EUA veio expor de forma mais clara o sis­tema ca­pi­ta­lista e a sua na­tu­reza ex­plo­ra­dora, opres­sora, pre­da­dora e agres­siva, bem como o papel do im­pe­ri­a­lismo norte-ame­ri­cano que pro­cura a todo o custo fazer face ao seu de­clínio e à crise do ca­pi­ta­lismo, im­pondo, em ar­ti­cu­lação com os seus ali­ados da NATO e da União Eu­ro­peia, agres­sões, in­ge­rên­cias e a guerra contra povos e países.

Os pro­blemas do mundo não têm so­lução no sis­tema ca­pi­ta­lista e são agra­vados pela ofen­siva do im­pe­ri­a­lismo, par­ti­cu­lar­mente dos EUA, e do apro­fun­da­mento das suas con­tra­di­ções, como ficou ex­posto pelo surto epi­dé­mico da COVID-19.

A so­lução passa pelo re­forço da luta anti-im­pe­ri­a­lista, pela paz, pela so­be­rania dos povos, pelos di­reitos dos tra­ba­lha­dores, do povo e da ju­ven­tude, na luta pela su­pe­ração re­vo­lu­ci­o­nária do sis­tema ca­pi­ta­lista – pelo so­ci­a­lismo, que per­ma­nece ne­ces­sário e ac­tual.

Re­a­fir­mamos a nossa so­li­da­ri­e­dade com a ju­ven­tude, os tra­ba­lha­dores e o povo dos EUA e par­ti­cu­lar­mente com os jo­vens co­mu­nistas norte-ame­ri­canos, que estão hoje a lutar contra um dos mais an­tigos fla­gelos so­ciais, a ex­plo­ração, e contra a agressão da Ad­mi­nis­tração Trump e que, face a todo o tipo de ata­ques aos seus di­reitos, mantêm acesa a luta por uma so­ci­e­dade di­fe­rente.

No ca­pi­ta­lismo, não con­se­guimos res­pirar!

So­li­da­ri­e­dade com a ju­ven­tude e o povo!

So­li­da­ri­e­dade com a luta anti-im­pe­ri­a­lista!».

O do­cu­mento con­tinua aberto à subs­crição.




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