1904 – Nasce Alejo Carpentier

«Podem caber muitas con­de­co­ra­ções no peito de um homem. Mas quando um homem sente que não pode existir ver­da­deira gran­deza se­pa­rada da obra co­lec­tiva a que per­tence, (...) torna-se digno da maior e mais va­liosa de todas: a da ad­mi­ração, do ca­rinho e do res­peito do seu povo». Estas pa­la­vras foram di­ri­gidas a Alejo Car­pen­tier por Fidel Castro, em 1978, no agra­de­ci­mento ao es­critor por ter de­di­cado e ofe­re­cido à Re­vo­lução cu­bana o Prémio Mi­guel de Cer­vantes com que foi dis­tin­guido. Filho de pai francês e mãe russa, Car­pen­tier nasceu em Lau­sanne, na Suíça, mas cresceu e es­tudou em Ha­vana e sempre se as­sumiu como cu­bano. Aos 17 anos trocou os es­tudos de mú­sica e ar­qui­tec­tura pelo jor­na­lismo; fez parte do mo­vi­mento li­te­rário pro­gres­sista Grupo Mi­no­rista; foi preso aos 23 anos, acu­sado de co­mu­nista, por cri­ticar a di­ta­dura de Ge­rardo Ma­chado. For­çado ao exílio, viveu vá­rios anos em França, onde se re­la­ci­onou com des­ta­cadas fi­guras do sur­re­a­lismo. Volta a Cuba após a re­vo­lução e exerce im­por­tantes cargos po­lí­tico-cul­tu­rais. Con­si­de­rado um dos ex­po­entes das le­tras la­tino-ame­ri­canas do sé­culo XX, tem entre as suas prin­ci­pais obras O reino deste mundo, Os passos per­didos, Guerra do tempo, A con­sa­gração da Pri­ma­vera, O re­curso do mé­todo e O sé­culo das luzes.