Próximos combates ganharam força com a «semana nacional de luta»

RE­SUL­TADOS Com al­guns re­sul­tados ime­di­atos, as ac­ções que a CGTP-IN pro­moveu du­rante a se­mana pas­sada es­ti­mulam ou­tras lutas e o com­bate geral por so­lu­ções al­ter­na­tivas, ga­ran­tindo em­prego e sa­lá­rios.

Pelos di­reitos e pelo fu­turo do País, a luta terá de se in­ten­si­ficar

«A vi­o­lação dos mais ele­men­tares di­reitos terá na força or­ga­ni­zada dos tra­ba­lha­dores nos sin­di­catos da CGTP-IN um forte e de­ter­mi­nado obs­tá­culo», ga­rantiu a Co­missão Exe­cu­tiva do Con­selho Na­ci­onal da con­fe­de­ração.

Num ba­lanço da «se­mana na­ci­onal de luta», como se re­fere nas con­clu­sões da reu­nião do órgão di­ri­gente da In­ter­sin­dical, re­a­li­zada esta se­gunda-feira, é va­lo­ri­zado «o amplo e di­ver­si­fi­cado con­junto de ac­ções de­sen­vol­vidas, em todos os sec­tores e re­giões, com tra­ba­lha­dores do pú­blico e do pri­vado a rei­vin­di­carem di­reitos, com greves, ple­ná­rios, ac­ções à porta de em­presas e as­so­ci­a­ções pa­tro­nais, tri­bunas pú­blicas, con­cen­tra­ções, mar­chas e des­files».

Al­gumas das ac­ções «já ti­veram re­sul­tados con­cretos, com os tra­ba­lha­dores a atin­girem os seus ob­jec­tivos ime­di­atos». A Exe­cu­tiva re­fere, como exem­plos, a sus­pensão dos des­pe­di­mentos no SUCH (Fundão), a re­dução do nú­mero de tra­ba­lha­dores ame­a­çados de des­pe­di­mento co­lec­tivo na Lauak (Se­túbal e Grân­dola) e a re­cu­pe­ração da pausa na DHL Su­plly Chain (Azam­buja).

«Ainda no quadro dos re­sul­tados», o con­junto de ac­ções re­a­li­zadas entre 22 e 26 de Junho «ala­vancou ou­tras lutas», des­ta­cando-se, nas con­clu­sões da reu­nião, a marcha que vai ter lugar em Se­túbal, amanhã (dia 3), e as greves par­ciais dos tra­ba­lha­dores das em­presas do Grupo CTT.

A Exe­cu­tiva re­alça o ca­rácter «de­ter­mi­nante» que têm «a mo­bi­li­zação e uni­dade na acção dos tra­ba­lha­dores» e as­se­vera que «a CGTP-IN cá está, para con­ti­nuar a or­ga­nizar a luta, que terá de se in­ten­si­ficar, pelos di­reitos e pelo fu­turo do País».

Não é
ine­vi­tável

A Co­missão Exe­cu­tiva da CGTP-IN de­cidiu apre­sentar «um con­junto de me­didas para res­ponder aos pro­blemas dos tra­ba­lha­dores e aos de­sa­fios com que o País está con­fron­tado».

As pro­postas devem ser «en­qua­dradas no con­junto de so­lu­ções mais vasto que vimos apre­sen­tando aos tra­ba­lha­dores», tanto no 14.º Con­gresso (em Fe­ve­reiro) como na po­sição sobre a epi­demia e as res­postas ne­ces­sá­rias, di­vul­gada a 9 de Abril.

Desta forma, a Inter pre­tende de­mons­trar que «não é ine­vi­tável a de­gra­dação das con­di­ções de vida e de tra­balho e o em­po­bre­ci­mento» e que «há al­ter­na­tivas que ga­rantem o em­prego e os sa­lá­rios» e «há outro ca­minho, que as­se­gura mais meios fi­nan­ceiros para o Es­tado, pro­move uma maior jus­tiça so­cial e co­esão ter­ri­to­rial e po­tencia o de­sen­vol­vi­mento do País».

A CGTP-IN as­se­gura que as me­didas, postas em prá­tica, per­mi­tirão:

– au­mentar as re­tri­bui­ções lí­quidas dos tra­ba­lha­dores em mais de 3,9 mil mi­lhões de euros, por via do au­mento geral dos sa­lá­rios em 90 euros;
– de­fender todos os postos de tra­balho, com a proi­bição de des­pe­di­mentos e a ga­rantia de em­prego dos tra­ba­lha­dores des­pe­didos a pre­texto do surto epi­de­mi­o­ló­gico;
– criar as con­di­ções para ab­sorver uma parte con­si­de­rável do de­sem­prego, com a re­dução do pe­ríodo normal de tra­balho, sem perda de re­mu­ne­ração, em duas horas por se­mana, para atingir, de forma gra­dual, as 35 horas se­ma­nais em todos os sec­tores;
– ga­rantir a es­ta­bi­li­dade no em­prego para mais de 700 mil tra­ba­lha­dores com vín­culos pre­cá­rios a de­sem­pe­nharem fun­ções per­ma­nentes;
– au­mentar as re­ceitas fis­cais, es­sen­ci­al­mente por via da tri­bu­tação do ca­pital;
– re­duzir os en­cargos com a dí­vida em mais de 5 mil mi­lhões de euros por ano.

 



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