O deputado do PCP na Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira (ALRAM) reuniu, na semana passada, com a Associação das Delegações Sindicais Conjuntas, tendo estas manifestado a Ricardo Lume a sua preocupação com os atropelos aos direitos laborais por parte do patronato no actual contexto de pandemia. Entre os exemplos denunciados estão o abuso do lay-off em empresas como a das Cervejas da Madeira, a deslocação forçada de funcionárias da Serlima que trabalhavam em unidades hoteleiras para supermercados, o aumento brutal da intensidade dos ritmos de trabalho na grande distribuição, ou a imposição a trabalhadores de IPSS de horários de 10 e 12 horas em jornadas de 14 dias consecutivos, sem qualquer retribuição adicional e sem o seu acordo expresso para o efeito.

Também a semana passada, o eleito comunista na ALRAM recebeu o Sindicato dos Professores da Madeira, tendo a organização representativa dos docentes madeirenses alertado para os problemas colocados pela implementação do ensino à distância, designadamente o menor aproveitamento escolar para os alunos com mais dificuldade de aprendizagem ou carências económicas, e a sobrecarga dos professores, na grande maioria dos casos sem o devido acompanhamento por parte das escolas e da Secretaria Regional de Educação.

A preparação do início do novo ano lectivo também esteve na agenda da reunião, com o SPM a chamar a atenção para a urgência de garantir a redução do número de alunos por turma ou a divisão das turmas em dois turnos para cumprir as regras de segurança e saúde, situações que exigem a contratação de mais professores.

Os professores fizeram além do mais sentir a Ricardo Lume a necessidade de avançar com a vinculação definitiva dos docentes com três anos de serviço, independentemente de nesse período terem exercido em diferentes grupos disciplinares.