Aproveitando a presença da deputada Ana Mesquita no distrito, a Organização Regional de Coimbra do PCP promoveu, a semana passada, uma sessão pública em que foram abordadas questões de actualidade, tais como os impactos no plano económico e social da epidemia e o seu aproveitamento pelo grande capital, o papel dos instrumentos do Orçamento Suplementar no aumento do desequilíbrio na distribuição de rendimento entre capital e trabalho, a acção decisiva do PCP na luta pelos salários e direitos e no combate à intensificação da exploração dos trabalhadores, e as carências persistentes na acção social escolar, assim como os impactos do ensino à distância no aumento das desigualdades.

Na iniciativa, valorizou-se o papel do Serviço Nacional de Saúde na resposta à epidemia e reafirmou-se a posição do PCP contra a descaracterização das estruturas de saúde de Coimbra, em particular do Hospital dos Covões, favorecendo o negócio da saúde. Por isso, foi reafirmada a oposição dos comunistas ao processo de fusão das unidades hospitalares de Coimbra. Noutro plano, ainda, foi reiterado o apoio à luta de utentes e trabalhadores pela melhoria dos transportes públicos, a partir do exemplo da multinacional TRANSDEV, e repetido o apelo à luta pela necessária valorização dos trabalhadores, sendo disso exemplo o caso dos trabalhadores da ERSUC, que reclamam aumentos salariais e o subsídio de penosidade e risco.

Na jornada, Ana Mesquita e dirigentes nacionais e locais do Partido reuniram, além do mais, com representantes sindicais dos trabalhadores dos Hospitais de Coimbra, e contactaram com agricultores em Montemor-o-Velho, tendo sido salientada a urgência da conclusão da obra hidroagrícola do Mondego e do investimento na manutenção, monitorização e limpeza regular dos leitos e estruturas da obra, a fim de minorar os efeitos de futuras cheias.