JCP solidária com a luta contra os Exames Nacionais

EDUCAÇÃO A JCP saúda a luta dos es­tu­dantes do En­sino Se­cun­dário contra os Exames Na­ci­o­nais, re­a­li­zados em plena crise epi­dé­mica. Em di­versas ac­ções, exigiu-se uma ava­li­ação con­tínua.

Luta dos es­tu­dantes in­ten­si­fica-se

Em nota aos ór­gãos de co­mu­ni­cação so­cial, o Se­cre­ta­riado da Co­or­de­na­dora Na­ci­onal do En­sino Se­cun­dário da JCP des­taca as ac­ções tra­vadas nas úl­timas se­manas nas ruas e nas redes so­ciais, par­ti­cu­lar­mente as ac­ções no Porto e Se­túbal, nos dias 25 e 26 de Junho, res­pec­ti­va­mente, sob o lema «Não ao vírus dos exames».

«Os Exames Na­ci­o­nais, im­ple­men­tados num go­verno do PS em 1996, cons­ti­tuem um grave ataque ao di­reito à Es­cola Pú­blica, gra­tuita, de­mo­crá­tica e de qua­li­dade, vi­sando a eli­ti­zação do En­sino Su­pe­rior, jun­ta­mente com as po­lí­ticas de de­sin­ves­ti­mento dos su­ces­sivos go­vernos PS, PSD e CDS», acusam os jo­vens co­mu­nistas.

Desde a ins­ti­tuição dos Exames Na­ci­o­nais, a JCP vem aler­tando e de­nun­ci­ando para os ob­jec­tivos e efeitos ne­ga­tivos dos mesmos. Uma «luta», re­força a or­ga­ni­zação re­vo­lu­ci­o­nária da ju­ven­tude, que «todos os anos mo­bi­liza mi­lhares de es­tu­dantes», com os quais a JCP sempre se so­li­da­rizou. Nesse sen­tido, re­força-se no do­cu­mento di­ri­gido aos jor­na­listas, «o que urge é o efec­tivo in­ves­ti­mento na Es­cola Pú­blica, a va­lo­ri­zação da ava­li­ação con­tínua e a plena de­mo­cra­ti­zação de todos os graus de en­sino, para que a Edu­cação se con­cre­tize como um di­reito de todos».

Ava­li­ação con­tínua

No dia 26 de Junho, os es­tu­dantes de vá­rias es­colas da Pe­nín­sula de Se­túbal con­cen­traram-se no Co­reto da Ave­nida Luísa Todi, Se­túbal, contra os Exames Na­ci­o­nais, por serem um «ins­tru­mento» que apro­funda as de­si­gual­dades entre os es­tu­dantes e li­mita o acesso a uma Edu­cação de qua­li­dade. «Exi­gimos que seja va­lo­ri­zada a ava­li­ação con­tínua, atri­buída por pro­fes­sores que re­al­mente nos co­nhecem e ba­seada no tra­balho que re­a­li­zamos ao longo de três anos», de­fendem os es­tu­dantes.

En­tre­tanto, esta etapa de­ci­siva na vida de mi­lhares de es­tu­dantes está, este ano, a ser par­ti­cu­lar­mente mar­cada pela in­cer­teza e an­si­e­dade. «O surto de COVID-19, que fla­gela o País e o mundo, expõe, de forma ainda mais evi­dente, os pro­blemas do ac­tual sis­tema de en­sino», ad­vertem.

Pro­blemas no Su­pe­rior

Também no En­sino Su­pe­rior, o de­sen­vol­vi­mento do surto epi­dé­mico de COVID-19 veio expor e agravar con­tra­di­ções, fra­gi­li­dades e pro­blemas já exis­tentes. Se­gundo a Co­missão Re­gi­onal de Braga da JCP, que pro­moveu no dia 26 de Junho uma con­cen­tração frente ao Campus de Gualtar da Uni­ver­si­dade do Minho, a ac­tual si­tu­ação, apre­sen­tada como uma «nova re­a­li­dade», evi­dencia os «dé­fices es­tru­tu­rais do En­sino Su­pe­rior, de­cor­rentes da in­ca­pa­ci­dade do Go­verno de res­ponder às ne­ces­si­dades dos es­tu­dantes e do País», assim como a «ne­ces­si­dade de uma po­lí­tica al­ter­na­tiva que co­loque o En­sino Su­pe­rior ao ser­viço dos es­tu­dantes, do povo, do País e das forças pro­du­tivas».

O fun­ci­o­na­mento do en­sino à dis­tância em con­texto de surto epi­dé­mico é um dos pro­blemas apon­tados pelos jo­vens co­mu­nistas, uma vez que a «adap­tação ao mo­delo de en­sino tardou e não con­tem­plou a to­ta­li­dade das uni­dades cur­ri­cu­lares». As crí­ticas es­tendem-se ao facto de a ava­li­ação con­tínua, a re­boque do pro­cesso de Bo­lonha, estar a ser li­qui­dada, «com a mai­oria das ava­li­a­ções a serem re­du­zidas a um tra­balho ou exame final», às pro­pinas que «afastam alunos do acesso a graus mais ele­vados de for­mação» e ao Re­gime Fun­da­ci­onal, que per­petua a «ir­res­pon­sa­bi­li­dade» do Es­tado.

Re­la­ti­va­mente às can­tinas e re­si­dên­cias, a JCP lembra que, «du­rante a época de exames e não sa­bendo ainda muitos se as suas ava­li­a­ções se­riam ou não pre­sen­ciais, foi co­lo­cado aos es­tu­dantes des­lo­cados o aban­dono das re­si­dên­cias ou o pa­ga­mento de mais um mês para nelas po­derem per­ma­necer, numa fase em que o pa­ga­mento das men­sa­li­dades perdeu sen­tido, agra­vando os pro­blemas e acres­cen­tando di­fi­cul­dades aos alunos des­lo­cados com mai­ores ca­rên­cias eco­nó­micas». «Esta re­a­li­dade só com­prova o que a JCP e o PCP vêm a alertar e exigir há muito tempo: o re­forço do fi­nan­ci­a­mento e dos me­ca­nismos da Acção So­cial Es­colar», acen­tuam os jo­vens co­mu­nistas.

Ouvir os es­tu­dantes
No pas­sado dia 9, a JCP con­tactou com os es­tu­dantes da Fa­cul­dade de Ci­ên­cias da Uni­ver­si­dade do Porto, di­vul­gando as pro­postas do PCP sobre o re­forço da Acção So­cial Es­colar e ou­vindo os pro­blemas sobre a apli­cação do en­sino à dis­tância e dos mé­todos de ava­li­ação.

 



Mais artigos de: Nacional

CPPC inaugura exposição no Seixal

PAZ O Con­selho Por­tu­guês para a Paz e Co­o­pe­ração (CPPC), em con­junto com o Mo­vi­mento de Mu­ni­cí­pios pela Paz, inau­gurou no dia 7 de Julho, no Seixal, a ex­po­sição «Pela paz, pela se­gu­rança, pelo fu­turo da hu­ma­ni­dade».

Exigiu-se em Gaia mais e melhores transportes

No dia 10 de Julho, a CDU levou a cabo um protesto junto de três empresas de transportes de Vila Nova de Gaia (a MGC-transportes, a Espírito Santo e a União de Transportes dos Carvalhos), para reivindicar uma real melhoria da qualidade e frequência dos transportes. Nos últimos anos, a CDU tem...

Seixal volta a receber o AGIT’atalaia

À semelhança do ano passado, a Juventude Comunista Portuguesa dinamiza o AGIT’atalaia, nos dias 24, 25 e 26 de Julho, na Quinta da Atalaia. Três dias em que jovens de Norte a Sul do País rumarão à «terra do sonho» para viver momentos de convívio, aprendizagem e camaradagem. O evento – que toma o nome do jornal dos...